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Nova política da Petrobras: preço internacional será referência, mas com ‘filtro’ para proteger mercado interno, diz presidente

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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira (16) que a nova estratégia da companhia para estabelecer o preço dos combustíveis levará o cenário internacional como referência, mas com um “filtro”, que busca amortecer choques externos.

“Nós vamos ter o efeito da referência internacional? Vamos, mas ele vai estar refratado numa série de possibilidades nacionais, no abrasileiramento dos preços, que vão fazer com que a gente consolide patamares antes de fazer reajustes”, afirmou Prates.

O anúncio da mudança na política de preços foi feito nesta terça-feira (16). A empresa informou que acabou com a paridade de preços do petróleo e combustíveis derivados com o dólar e o mercado internacional. Em seguida, anunciou reduções de R$ 0,40 no litro da gasolina, R$ 0,44 no diesel e R$ 8,97 no GLP.

“Nós não estamos afastando o efeito da referência internacional, mas estamos sim colocando um filtro, uma possibilidade de a empresa Petrobras conseguir fazer, com sua capacidade de refino, com custos brasileiros, pelo menos em grande parte, para amortecer esses efeitos”, completou.

Segundo Prates, choques externos do preço do barril de petróleo continuarão sendo levados em conta, mas serão “amortecidos” pela Petrobras.

“Isso significa que, evidentemente, quando o mercado lá fora estiver aquecido no petróleo, nos seus derivados, com preços fora do comum, isso será refletido no Brasil, porque abrasileirar preços significa levar as nossas vantagens em conta, porém sem tirar o Brasil do contexto internacional”, afirmou.

Ele também disse que o preço será praticado de acordo com cada cliente, ou seja, cada distribuidora para a qual a Petrobras vende combustíveis.

“Petrobras fará o seu preço de acordo com o cliente, com o ambiente que esse cliente se insere e com a instalação e a logística que ela estiver mais próxima para atendê-lo. Mas o que a gente está querendo assegurar é que ela vai buscar ser sempre a melhor alternativa para qualquer cliente no Brasil, lembrando que os clientes são as distribuidoras”, afirmou Prates.

O presidente da Petrobras avalia que o Preço de Paridade de Importação (PPI), abandonado pela companhia nesta terça-feira, era uma “amarra” que tirava a competitividade da estatal.

“A Petrobras recupera a sua liberdade de fazer preço. Isso que é importante. Não é contra o investidor. É o contrário. O que era contra o investidor era você ser obrigado a praticar o preço do seu concorrente, o pior preço pra você, então perdia market share, perdia fatia de mercado. Agora não, nos alforriamos de um único e exclusivo fato que é essa paridade de importação, para ter a liberdade de usar as vantagens competitivas a favor do Brasil”, disse.

Novo modelo


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Questionado por jornalistas sobre detalhes do novo modelo, Prates respondeu: “Tem que estar entre eu perder o dinheiro e perder o cliente”. Analistas dizem que a política é confusa e pouco transparente.

Segundo a nota oficial da Petrobras, a nova “estratégia comercial” usa duas referências de mercado:

  • o “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e
  • o “valor marginal para a Petrobras”.

1?? “O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explica o comunicado da Petrobras.

2?? Já o “valor marginal”, segundo a petroleira, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

Intervenção

O presidente da Petrobras também negou que a nova estratégia seja uma intervenção do governo na companhia. “Não há intervenção no sentido de dizer: ‘Bote preço assim'”, disse.

“Instrumentos da Petrobras competitivos, os instrumentos de rentabilidade, de garantia de financiabilidade da companhia estão integralmente garantidos””, completou.

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que a nova política da Petrobras e a visão do governo para uma política de preço são “convergentes”.

Fonte G1 Brasília

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