O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta quarta-feira (24), que irá acionar a interventora do Estado na Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona na Justiça para que ela esclarece sua afirmação de que 17 mil pessoas teriam morrido à espera de cirurgias eletivas na capital mato-grossense, vinculando os óbitos exclusivamente a Cuiabá. A ação deverá ser protocolada por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM).
Atualmente, a fila de cirurgia eletivas de Cuiabá abrange moradores dos 141 municípios de Mato Grosso.
“Pela gravidade da afirmação, a PGM entrará com interpelação judicial contra a interventora para que ela prove, caso a caso, a vinculação destas mortes ao tempo de espera na fila de cirurgias eletivas, que não são consideradas de urgência. Ela terá que provar, com documentos, quem morreu, a data do óbito, onde a pessoa morava, o local do óbito e o motivo da morte destas 17 mil pessoas que ela afirmou, de maneira leviana e irresponsável, que morreram por demora na fila de espera, apenas para justificar o injustificável, que é a violência dessa intervenção que está perdida e sendo usada politicamente pelo governo do Estado”, anunciou.
Conforme o gestor, se existe tal comprovação ou levantamento em torno dos dados divulgados por Carmona, ele gostaria de ter acesso.
“Se este estudo foi realizado, se existem documentos comprobatórios de que todas estas mortes foram causadas por demora na fila de cirurgias que não eram de urgência, nós queremos ter acesso”, acrescentou.
Na ocasião, Emanuel ainda criticou a ação do Governo do Estado em promover na mídia os “supostos” avanços na saúde pública municipal. Na avalição do emedebista, além da intervenção divulgar números irreais para autopromoção, ao contrário do que tem sido divulgado, a Saúde de Cuiabá só piorou.
“O gabinete de intervenção tem divulgado números irreais para mostrar um avanço que, na realidade, não aconteceu, ao contrário, piorou. Além disso, o gabinete de intervenção exonerou centenas de profissionais, assediou outros mais, faz contratos com empresas ilegalmente. Isso é uma prova cabal de que essa intervenção não tem perfil técnico e muito menos o compromisso de cuidar das pessoas, e sim uma motivação política. Infelizmente, além de comprometer o avanço de políticas públicas de saúde, a intervenção promove a bagunça e o desmonte da saúde municipal”, reiterou.
Fonte: Isso É Notícia