Em entrevista na tarde desta segunda-feira (29), em Cuiabá, o deputado federal Abílio Brunini (PL-MT) criticou a postura do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o mato-grossense Carlos Fávaro, frente à decisão da Advocacia-Geral da União (AGU), que declarou inconstitucional uma lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2017, que impediu a diminuição dos limites do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará, para construção da Ferrogrão – ferrovia que interligará os municípios de Sinop (480 Km de Cuiabá) ao porto de Miritituba, no Pará.
Em conversa com jornalistas, Abílio foi categórico em afirmar que a resposta sobre o projeto ter sido barrado na Justiça deve vir da boca do próprio Fávaro, que como representante de MT no governo Lula, produtor rural e ministro da pasta que é um dos carros-chefes da economia de seu Estado, deve satisfações a população mato-grossense sobre o imbróglio.
“Quem tinha que responder isso era o Fávaro, tendo em vista que ele se diz ‘o representante do agro’ no governo Lula, e essa decisão [da AGU] é muito prejudicial ao setor, principalmente no escoamento de grãos. […] Essa pergunta é uma boa pergunta pra se fazer ao ministro, que ‘tá’ ótimo pra fazer churrasco pro Lula. Que ele dê essa resposta ao agricultor mato-grossense e ao Governo do Estado, que tanto lutou tanto pra conseguir trazer esse projeto”, asseverou.
Questionado se a bancada mato-grossense na Câmara Federal poderia fazer algo para destravar as obras da Ferrogrão, o parlamentar acredita que pouco pode ser feito sobre o caso, uma vez que a tendência do presidente Lula (PT) é que sejam ouvidos apenas os membros mais próximos do governo.
“Eu penso que o Governo Federal vai ouvir os que estão mais próximos deles, sempre foi assim. Não adianta a bancada em si fazer alguma coisa. Adianta aqueles parlamentares que tem voto no setor prejudicado e são próximos ao governo Lula. Neste caso, o próprio Carlos Fávaro, o senador Jayme Campos (UB-MT) e o deputado Juarez Costa (MDB), cuja situação afeta diretamente o município dele [Sinop]”, concluiu.
Fonte: Isso É Notícia