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Comissão de Orçamento aprova plano com metas do governo federal até 2027

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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso aprovou nesta terça-feira (5) o Plano Plurianual (PPA), que prevê R$ 13,3 trilhões em investimentos públicos entre 2024 e 2027.

O projeto foi aprovado em votação simbólica, sem contagem de votos. Apenas a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) anunciou posição contrária.

O PPA estabelece os objetivos e metas do governo federal no período de quatro anos. É uma espécie de guia para a alocação de recursos da União, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA) ? apresentadas anualmente.

O plano precisa ser aprovado pelo plenário do Congresso até o dia 22 de dezembro.

Segundo a proposta, até 2027, a Previdência Social deverá ser a área com o maior destino de recursos do Orçamento da União ? quase R$ 4 trilhões. O Bolsa Família figura como o projeto com maior previsão de dinheiro, com previsão de investimento de R$ 685 bilhões.

Além da Previdência Social e do Bolsa Família, concentram as projeções de destinação de dinheiro projetos ligados:

  • ao petróleo e biocombustíveis (R$ 472 bilhões)
  • à promoção do trabalho decente (R$ 349 bilhões)
  • à educação básica (R$ 305 bilhões)
  • ao Sistema Único de Assistência Social (R$ 473 bilhões)
  • e às atenções primária (R$ 182 bilhões) e especializada (R$ 356 bilhões) à saúde

Enviado em agosto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao Congresso, o PPA contou com a participação popular, por meio de uma plataforma virtual de sugestões de prioridades para o documento.

O plano aprovado pela CMO define como prioridades dos próximos quatro anos da gestão federal:

  • combate à fome e redução das desigualdades
  • educação básica
  • saúde: atenção primária e atenção especializada
  • Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
  • neoindustrialização, trabalho, emprego e renda
  • e combate ao desmatamento e enfrentamento da emergência climática

Cada um dos itens abrange, de forma ampla, uma série de outros objetivos. A LOA e a LDO poderão contemplar novas prioridades, anualmente.

A aplicação dos recursos também deverá acompanhar metas socioeconômicas estabelecidas pelo governo para 2027. Pelo plano, o objetivo central é a redução de, no mínimo, 20% da taxa de extrema pobreza no país. Também estão previstos:

  • redução de, no mínimo, 16% da taxa de desemprego
  • redução de, no mínimo, 19% das emissões de gases do efeito estufa no país
  • e redução mínima de 75% do desmatamento anual da Amazônia

Os valores previstos para investimentos seguem metas enviadas pela equipe econômica do governo, para cumprimento do novo arcabouço fiscal.

No PPA, o Planalto define como objetivo um crescimento médio de 2,5% ao ano do Produto Interno Bruto (PIB).

Também estabelece como meta uma inflação próxima de 3% ao ano, até 2027. O cenário fiscal projetado pelo governo coloca, ainda, a expectativa de que a taxa básica de juros (Selic) chegue a 7% em 2027 ? hoje, em 12,25%.

De acordo com o relator do Plano Plurianual, deputado Bohn Gass (PT-RS), o crescimento do PIB será baseado em ?medidas de estímulo ao investimento, retomada de concessões e reforma tributária?.

Pelo texto, novas metas poderão ser adicionadas pelo governo ao longo dos próximos quatro anos. Se a lei orçamentária anual não destinar recurso para essa finalidade, o governo poderá apresentar emendas para incluir o repasse.

O mecanismo atende a pedido de parlamentares. Em seu parecer, Bohn Gass propôs a criação de um novo anexo com propostas de investimentos, que não estavam no projeto do governo.

O deputado também incluiu novos objetivos no plano do governo, entre os quais a produção de semicondutores e a ampliação de recursos para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O monitoramento das metas do PPA ocorrerá de forma anual, por meio da CMO. Caberá ao governo enviar, até 30 de setembro, um relatório de cumprimento das metas.

Fonte G1 Brasília

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