Entre outros negócios que o bilionário Elon Musk tem no Brasil, além da rede social X (ex-Twitter), está a empresa de internet via satélite Starlink. Ela é a segunda do setor de banda larga via satélite mais acessada no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com 149.615 assinantes.
O total de assinantes de internet via satélite no Brasil é de 398 mil, de acordo com a Anatel. Ou seja, a Starlink tem 37,6% do total de assinantes da modalidade, que promete internet de alta velocidade em locais remotos.
A empresa de Musk tem contratos com o governo federal e tem autorização para operar no Brasil desde fevereiro de 2022. A entrada da Starlink ocorreu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e tem como foco levar acesso à internet para a região da Amazônia.
Elon Musk atacou no X as decisões ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ameaçou a descumprir ordens judiciais, reativando perfis de usuários bloqueados pela Justiça. Ele disse que faria isso mesmo que custasse o fechamento da empresa no Brasil e prejudicasse o lucro.
Nesta terça (9), Moraes negou um pedido da rede X no Brasil para que a responsabilidade sobre as medidas determinadas pela Justiça brasileira fosse para a X Internacional. Para o ministro, o pedido “beira a litigância de má-fé”.
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Visita ao Brasil com Bolsonaro
Musk chegou a vir ao Brasil e encontrou com Bolsonaro em um evento em maio de 2022 no interior de SP. Neste encontro, foi anunciado um projeto para levar internet a escolas na zona rural do país e para monitorar a Amazônia, mas nenhuma parceria saiu do papel.
A informação consta nas respostas do governo a três ofícios com questionamentos de deputados federais encaminhados ao Palácio do Planalto. Na época ao g1, o Ministério das Comunicações disse que, se algum acordo vier a ser firmado, será de “forma legal e transparente”, seguindo a legislação sobre licitações e contratos administrativos.
Na época, Musk chegou a dizer que o projeto iria conectar 19 mil escolas nas zonas rurais e monitorar a Amazônia, porém, não explicou como faria isso.
Fonte G1 Brasília