A Força Aérea Brasileira (FAB) estuda a compra de um lote usado de caças F-16 Fighting Falcon, dos Estados Unidos (EUA). Segundo nota compartilhada pela corporação, a aquisição está em fase de levantamento de dados, “e ainda não estão sendo realizadas negociações com governos ou empresas, nem foram definidas quantidades ou versões”.
Informações da imprensa internacional dão conta, no entanto, que militares brasileiros já teriam iniciado conversas com o governo americano sobre a aquisição de 24 caças F-16. A informação é do portal americano especializado “Janes Defense”, e foram publicadas pelo jornal “O Globo”.
Esta seria uma nova fase de aquisições de caças militares cerca de dois anos após o Brasil receber os primeiros jatos suecos F-39 Gripen, em operação desde dezembro de 2022. Em maio do ano passado, a FAB anunciou o lançamento de uma linha própria de caças desse modelo, produzidos pela Embraer em parceria com a empresa sueca Saab.
Ainda segundo a imprensa internacional, o plano da FAB seria a aquisição de um modelo mais barato que o Gripen, atualmente em fase de recebimento. A Força Aérea, por outro lado, negou que o levantamento tenha alguma ligação com as “capacidades da aeronave F-39 Gripen”.
O caça F-16 é um dos modelos mais procurados do mundo e foi lançado há mais de 50 anos. De acordo com o fabricante, o veículo “é altamente confiável e de fácil manutenção, com pelo menos 40 anos de vida útil para a maioria das forças aéreas, sem a expectativa de reparos estruturais prolongados durante toda essa vida útil”.
Projeto da FAB para fabricação do F-39
Em maio de 2023, a Força Aérea anunciou o lançamento de uma linha de produção do Caça F-39 Gripen. Segundo a corporação, a produção em série do caça representa um marco importante para a indústria brasileira, “já que o país se tornou o único produtor do caça fora da Suécia”.
A previsão é que pelo menos 15 dos 36 caças adquiridos pelo Brasil sejam montados na unidade da Embraer, em um investimento bilionário iniciado ainda em 2014, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
O contrato com a empresa sueca assinado em 2014 prevê 36 aeronaves por US$ 4,5 bilhões. Cerca de 200 engenheiros, montadores e pilotos receberam treinamentos.
Na época da compra, a transferência de tecnologia foi um dos principais motivos para o governo optar pelo Gripen e não pelo Boeing (dos EUA) ou pelo Rafale (da francesa Dassault).
Posicionamento da FAB
Veja a nota na íntegra:
A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que está levantando dados para a realização de um estudo sobre a possibilidade de aquisição de aeronaves de caça usadas F-16 Fighting Falcon. A análise, no entanto, não guarda relação com as capacidades da aeronave F-39 Gripen.
Destaca-se, ainda, que, até o momento, não estão sendo realizadas negociações com governos ou empresas, nem foram definidas quantidades ou versões. As únicas interações realizadas sobre o tema tiveram como objetivo o levantamento de dados.
Fonte G1 Brasília