Thales André Pereira Maia, preso preventivamente nesta sexta-feira (23) na operação que investiga um suposto esquema de venda de sentenças judiciais no gabinete do pai dele, o desembargador Helvécio de Brito Maia Neto, estava lotado no gabinete do senador Eduardo Gomes (PL-TO).
Thales exerce cargo de confiança no escritório político de Eduardo Gomes em Palmas desde 2019. De acordo com informações do próprio Senado, seu salário era de R$ 7.137,36.
Procurado, Eduardo Gomes afirmou que Thales sempre apoiou suas campanhas e desempenhava função de assessoramento. “Respeitando o princípio da ‘presunção da inocência’, determinei sua exoneração para que ele possa dedicar-se integralmente à sua defesa” esclareceu.
Mais cedo, ao g1, a defesa de Thales afirmou que se manifestaria quando tivesse acesso aos autos.
Chamada de Operação Máximus, a ação foi autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Foram cumpridos nesta manhã dois mandados de prisão preventiva e 60 ordens de busca e apreensão em Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e Distrito Federal. Parte deles foi cumprida no Fórum de Palmas e na sede do Tribunal de Justiça do Tocantins. Procuradores do Estado e chefes de órgãos públicos do executivo são alvos, além de advogados.
A investigação apura os crimes de corrupção ativa, exploração de prestígio, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O nome da operação faz referência à personagem do filme Gladiador (Máximus), que lutou contra a corrupção na cúpula do poder no Império Romano.
Durante buscas no endereço de outro desembargador, João Rigo Guimarães, em Araguaína, foram apreendidas armas. Ele é ex-presidente do TJ-TO e atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). O g1 ainda não conseguiu contato com a defesa dele.
Fonte G1 Brasília