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Ministros do STF veem anistia ao 8 de janeiro como enterrada após explosões em Brasília

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Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog avaliam que as explosões na Praça dos Três Poderes noite de quarta-feira (13) são uma continuidade dos ataques de 8 de janeiro e enterram articulação e expectativa de anistia para os envolvidos naqueles ataques.

Apesar de considerado inconstitucional por juristas, a anistia vem sendo discutida no Congresso em um projeto que perdoa as condenações dos participantes dos atentados e atinge todas as medidas de restrição de direitos (como prisão e uso de tornozeleira eletrônica).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vinha defendendo a aprovação da anistia, e contava com ela para tentar reverter a sua inelegibilidade.

As explosões de quarta devem, ainda, frear a articulação nos bastidores para que se suavize as penas aplicadas aos envolvidos no 8 de janeiro-como querem parlamentares de extrema direita.

Para ministros ouvidos pelo blog, o ato de quarta reforça que episódio de 2023 ?não foi um domingo no parque? e segue alimentando extremistas de direita, há um efeito manada ? para os quais a eleição Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos funcionou como um “estímulo geral” e uma “injeção de ânimo”.

Na avaliação da corte, a eleição de Trump estava estimulando parlamentares por acharem que poderiam importar modelo que pode ser adotado por lá de perdão a golpistas do 6/1.

Nas palavras de um ministro, esse fato novo reforça que não são nao foi um domingo no parque como nao há espaço para um anistia de um ?golpe que ainda não morreu? e está incrustado em setores da sociedade- inclusive tendo a Camara como alvo.

O novo episódio deve, ainda, acelerar a conclusão do inquérito da tentativa de golpe de estado, do qual Bolsonaro é um dos alvos.

Caso vai ser investigado como terrorismo

Segundo a PF, as explosões de quarta vão ser investigadas como ato terrorista. Por isso, o inquérito aberto pela corporação vai ser tocado pela Divisão de Enfrentamento ao Terrorismo da Diretoria de Inteligência Policial.

Foram dois episódios principais: o primeiro, em um carro estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Na sequência, outra explosão que matou um homem em frente ao STF.

O morto, Francisco Wanderley Luiz, era o proprietário do proprietário do veículo. Ele foi candidato a vereador pelo PL nas eleições municipais de 2020 e não se elegeu.

Fonte G1 Brasília

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