O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (19) que o peso da opinião de seu futuro sucessor no posto, Gabriel Galípolo, foi “cada vez maior” nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).
As reuniões foram marcadas por uma intensificação no ritmo de alta da taxa básica de juros ? um movimento que contraria as intenções do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que patrocina a indicação de Galípolo ao posto.
A trajetória de alta dos juros foi, inclusive, motivo de críticas reiteradas de Lula a Campos Neto, a quem chegou a chamar de “adversário”. O atual presidente do BC foi indicado no governo Jair Bolsonaro e tem mandato fixo até 31 de dezembro.
Campos Neto disse nesta quinta que, na transição de mandato, tentou “atuar de forma a dar cada vez mais peso, um peso maior, para a opinião dos sucessores na diretoria”.
“Essa foi a tônica das últimas duas reuniões, com peso maior obviamente na última reunião. O que eu quero dizer é que o peso deles [indicados por Lula] foi cada vez sendo maior que o meu, até culminar na última reunião. Nós entendíamos que isso facilitava a passagem do bastão”, disse.
Fonte G1 Brasília