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Mauro Mendes rasga o Morro de Santo Antônio, ignora o órgão da Aeronáutica, viola lei federal e comete crime contra o meio ambiente e a segurança nacional

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É inacreditável, mas aconteceu. O governador Mauro Mendes deu carta branca para um crime ambiental de proporções escandalosas. O Morro de Santo Antônio de Leverger, um marco natural e cultural de Mato Grosso, foi mutilado sem dó nem piedade. Rasgaram o morro do pé ao pico, como se fosse um monte qualquer, ignorando leis ambientais, normas aeronáuticas e o bom senso. O governador, com a complacência da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), passou por cima de tudo e de todos, num gesto de arrogância política que só pode ser descrito como criminoso.

Desrespeito à legislação e ameaça à segurança nacional

O Morro de Santo Antônio de Leverger, localizado no município de Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso, possui uma elevação de 1.082,68 pés (330 metros). É reconhecido como um obstáculo aeronáutico, pois viola a superfície horizontal cônica do Plano Básico de Zona de Proteção do Aeródromo de Santo Antônio de Leverger (SWLV), conforme informações do AISWEB. Isso significa que qualquer intervenção no morro, seja construção, escavação ou instalação de antenas, exige autorização prévia do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão governamental militar do Comando da Aeronáutica brasileiro, que por sua vez é subordinada ao Ministério da Defesa responsável por avaliar riscos e liberar intervenções que possam impactar a segurança aérea.

Mas Mauro Mendes sequer apresentou qualquer projeto ao DECEA. Não houve consulta, não houve licença. Apenas a prepotência de quem acredita estar acima das leis. Ao ignorar essa obrigação, o governador não apenas violou normas federais, mas também comprometeu a segurança de voos na região, colocando vidas em risco. Essa negligência pode ser enquadrada como crime contra a segurança nacional, atraindo a atuação do Ministério da Defesa, Ministério Público Federal e Polícia Federal.

Interesses ocultos e a sombra do garimpo

Como se não bastasse o impacto ambiental devastador e o desrespeito às normas aeronáuticas, surge uma nova revelação ainda mais perturbadora. O conceituado site VG Notícias divulgou que existem diversos pedidos de exploração de garimpo protocolados na Agência Nacional de Mineração (ANM) ao redor do Morro de Santo Antônio. Coincidentemente, a atividade de garimpo é uma das principais fontes de renda da família do governador Mauro Mendes. A destruição do morro, portanto, não parece ser apenas um crime ambiental, mas também um possível conluio para atender interesses econômicos pessoais, utilizando o poder público para beneficiar a exploração privada.

A omissão da Sema e a conivência com a destruição

A Sema, que deveria ser a guardiã do meio ambiente, assistiu calada à devastação do morro. Enquanto pequenos proprietários são submetidos a rigorosos estudos e autorizações, a destruição de um patrimônio natural e cultural foi permitida sem qualquer oposição ou fiscalização efetiva. Essa omissão demonstra uma grave negligência ou, pior, conveniência diante de interesses maiores.

O Morro de Santo Antônio não é apenas um acidente geográfico. É um símbolo cultural e histórico de Mato Grosso, além de um elemento essencial para a segurança e o equilíbrio ambiental da região. A destruição não é progresso; é barbárie disfarçada de desenvolvimento.

A resposta necessária

Que o Ministério Público, a Justiça Federal e o Ministério da Defesa investiguem com rigor não apenas o crime ambiental, mas também os interesses ocultos que podem estar por trás dessa devastação. A população de Mato Grosso não pode aceitar calada a destruição de um de seus maiores patrimônios em troca de benefícios econômicos privados e ganância desmedida. É urgente que o povo mato-grossense reaja e exija que os responsáveis sejam punidos.

A mutilação do Morro de Santo Antônio é mais do que uma tragédia ambiental; é um retrato do descaso, da arrogância e da impunidade que marcam a gestão estadual. Não é apenas o morro que está sendo destruído, mas também o respeito às leis e à coletividade.

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