As Forças Armadas estão aliviadas e comemorando a informação, transmitida a eles, de que José Mucio continuará à frente do Ministério da Defesa.
Mucio havia pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para deixar o ministério na reforma ministerial deste ano, mas acabou convencido pelo chefe a permanecer um pouco mais à frente da pasta.
Exército, Aeronáutica e Marinha estavam preocupados com a possível saída de José Mucio.
Os comandantes das três Forças avaliam que o atual ministro é a certeza de que seus pleitos serão ouvidos pelo presidente Lula, além de elogiarem o estilo de Mucio, que sempre buscou proteger as Forças Armadas e procurou baixar o clima de tensão entre o governo e elas no início do mandato de Lula.
A informação de que José Mucio decidiu permanecer foi divulgada pelo ?O Globo? e confirmada com amigos do ministro pelo blog, que ouviu dos interlocutores das três Forças que a decisão do atual ministro da Defesa de permanecer no posto é motivo de alívio e, principalmente, de comemoração.
Com isso, uma das possíveis mexidas de Lula deixa de existir. O presidente segue, porém, avaliando os cargos em que pretende mexer na reforma ministerial.
Articulação no Congresso
Dentro do Congresso, há uma articulação para o presidente indique alguém dos partidos de Centro para um posto dentro do Palácio do Planalto, a Secretaria de Relações Institucionais.
Nesse caso, o atual articulador político do governo, Alexandre Padilha, seria transferido para o Ministério da Saúde.
Há dois candidatos para o posto dele: o atual líder do MDB na Câmara dos Deputados, Isnaldo Bulhões, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Lula busca ainda encontrar um lugar para o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e avalia se o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também deseja entrar na Esplanada dos Ministérios.
Em relação a Pacheco, Lula quer fortalecê-lo politicamente para que possa disputar o governo de Minas, criando um palanque forte para o presidente numa campanha pela reeleição.
Fonte G1 Brasília