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Neri Geller e o reposicionamento político disfarçado de crítica

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A recente entrevista do ex-ministro Neri Geller à Jovem Pan revela um movimento político calculado e conveniente. Ao afirmar que o Brasil não precisava importar arroz, Geller tenta se descolar da decisão coletiva do governo, ignorando que ele próprio participou das discussões e do leilão que viabilizou a medida. Sua tentativa de se posicionar contra o ministro Carlos Fávaro, que manteve a coerência e a confiança do presidente Lula, expõe não uma divergência técnica legítima, mas sim uma estratégia de reposicionamento político.

O discurso de Geller soa menos como uma análise responsável e mais como uma jogada antecipada para 2026. Em 2022, ele aderiu à campanha de Lula por pura necessidade, após ser descartado por Jair Bolsonaro e Mauro Mendes. Antes disso, a expectativa de Geller e Fávaro era estar no palanque de Bolsonaro, mas o cenário mudou quando o então presidente definiu sua filiação ao PL de Valdemar Costa Neto e optou por apoiar a reeleição do governador Mauro Mendes e do senador Wellington Fagundes (PL) em Mato Grosso. Sem espaço, Geller e Fávaro se alinharam a Lula, uma decisão pragmática que agora Geller tenta reverter para construir um novo e velho caminho político.

A própria foto que ilustra essa matéria remonta a esse período de 2022, antes das definições que empurraram Geller e Fávaro para o lado de Lula. A imagem, tirada antes do fechamento das alianças, simboliza bem a inconstância política de Geller, que agora, ao atacar uma decisão da qual participou ativamente, busca um novo reposicionamento. Se havia erro na importação do arroz, ele também é responsável. O discurso de última hora não é um gesto de independência, mas um cálculo eleitoral que coloca conveniência acima da coerência.

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