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Lula critica patamar da Selic e diz que inflação e juro baixos significam ‘crescimento’

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (3), a decisão do Banco Central (BC) de manter o patamar da taxa básica de juros da economia, a Selic, em 15% ao ano.

?A decisão, anunciada em 17 de setembro, manteve a taxa estável. Esse é o maior patamar em quase 20 anos ? em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, a Selic estava em 15,25% ao ano.

O presidente fez o comentário em entrevista à TV Liberal, do Pará. Lula considera a atual taxa um “problema” e disse que é preciso ter “consciência” de que inflação e juros baixos trazem crescimento para o país.

“Nós temos um problema com a taxa de juros que está alta. E nós vamos ter que cuidar para que ela baixe um pouco mais porque a gente precisa ter consciência de que inflação baixa e juro baixo significam crescimento, significam geração de emprego, significam melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro e, disso, eu não abro mão”, disse.

Ao criticar o patamar da Selic, Lula adotou um tom mais ameno na comparação com os comentários que fazia sobre o tema quando Roberto Campos Neto dirigia o BC ? o economista foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o apoiou na campanha de 2022.

Já o atual presidente do BC é Gabriel Galípolo, indicado por Lula e ex-integrante do governo do petista.

A taxa básica de juros da economia é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A Selic é o principal instrumento para tentar conter as pressões inflacionárias, que tem efeitos, principalmente, sobre a população mais pobre.

O Copom é formado pelo presidente do Banco Central e por oito diretores da autarquia. Em 2025, os diretores indicados por Lula formaram maioria no colegiado, ou seja, eles são responsáveis diretamente pela decisão tomada.

A Selic está em 15% ao ano desde junho, no maior patamar em quase 20 anos ? em julho de 2006, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, a Selic estava em 15,25% ao ano.

Em setembro, o Copom justificou a decisão alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil (leia mais abaixo).

O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido. Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação.

A expectativa de economistas é de que a taxa seja mantida no atual patamar, ao menos, até começo de 2026.

Decisão do Copom

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central era a expectativa dos economistas do mercado financeiro, tendo por base indicações do próprio BC de que a taxa será mantida inalterada por um “período bastante prolongado” de tempo.

A decisão foi justificada alegando instabilidades no ambiente externo e a inflação ainda acima da meta no Brasil. O comitê reconheceu que a atividade econômica perdeu força, mas o mercado de trabalho continua aquecido.

Nas atuais condições do país, segundo o Copom, esse cenário segue inflacionário e a manutenção dos juros auxiliam no combate à inflação.

Discurso de Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dado declarações na mesma linha do presidente.

No fim do mês passado, ele afirmou que acredita ter espaço para a Selic cair. Segundo ele, a taxa “nem deveria estar” no patamar que está.

“Eu entendo que tem espaço para esse juro cair. Acredito que nem deveria estar em 15% [ao ano]. Ele [presidente do BC, Gabriel Galípolo] tem os quatro anos de mandato dele, e ele vai entregar um resultado consistente ao Brasil”, pontuou na ocasião.

Fonte G1 Brasília

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