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Lula e Haddad defendem MP que substitui alta do IOF enquanto Centrão se mobiliza contra proposta

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defenderam nesta quarta-feira (8) a medida provisória publicada pelo governo que substitui a alta original do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O texto, enviado pelo Palácio do Planalto ao Legislativo em junho, perde a validade se não for votado pela Câmara e pelo Senado até as 23h59 desta quarta.

A proposta é uma prioridade para a equipe econômica do governo, que conta com a aprovação da medida provisória para equilibrar as contas públicas.

Se isso não ocorrer, haverá uma redução de pelo menos R$ 17 bilhões no orçamento do próximo ano, que é eleitoral.

O texto, no entanto, enfrenta resistências no Congresso e partidos do Centrão estão se posicionando contra a aprovação da MP.

Lula classificou como “bobagem” vincular a votação da MP com disputa eleitoral em 2026.

“Se alguém quer misturar isso com eleição, eu sinceramente só posso dizer que é uma pobreza de espírito extraordinária. Qualquer um pode dizer que a proposta é dele, deputado pode se vangloriar. Quando algumas pessoas pensam pequeno e dizem que não vão votar porque vai favorecer o Lula, não é o Lula que vai ganhar, eles não estão me prejudicando em nada”, disse o petista.

Mais cedo, nesta quarta, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que, se o Congresso não aprovar a medida provisória que substitui a alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), até R$ 10 bilhões em emendas parlamentares serão contingenciados.

Resistência no Congresso

O União Brasil anunciou durante a tarde que vai fechar questão – quando um partido decide votar em bloco da mesma forma – contra a MP.

O líder do partido na Casa, Pedro Lucas (União-MA), disse que a decisão foi tomada após orientação da executiva nacional do partido. “Nossa questão é bem clara, somos contra o aumento de impostos”, afirmou.

Pedro Lucas negou que a posição seja consequência do impasse entre o partido e o governo, após o ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), se negar a deixar o cargo mesmo com determinação da executiva do partido.

“A gente não decidiu politicamente, decidimos tecnicamente. O União Brasil vai votar contra todas as propostas ligadas a aumento de impostos”, disse.

Quem votar contra poderá ser punido de acordo com o regimento interno do partido. O líder da bancada da Câmara evitou em falar em expulsões e mencionou a possibilidade de “advertências” aos dissidentes.

A bancada do PSD optou por não fechar questão, mas liberar sua bancada. Apesar disso, o líder do partido, Antônio Brito (BA), deve orientar o voto contrário.

Parte do PSD é ligada ao governo e à esquerda de forma geral, o que fez com que o presidente da legenda, Gilberto Kassab, orientasse para que o voto fosse liberado, de maneira a evitar punições para quem votar a favor da proposta.

Fonte G1 Brasília

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