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VÍDEO: Estacionamento da PF fica lotado de carros de luxo após nova etapa da operação contra fraudes no INSS

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O estacionamento da Superintendência da Polícia Federal (PF) no bairro da Lapa, na cidade de São Paulo, ficou lotado de carros apreendidos durante a nova fase da “Operação sem Desconto”, contra fraudes em descontos indevidos de aposentadorias e benefícios do INSS.

A operação desta quinta-feira (9) cumpriu 66 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros. 45 deles foram apenas no estado de São Paulo.

Em imagens feitas pela própria PF, é possível ver pelo menos 12 desses carros apreendidos, entre eles quatro veículos da marca Porsche, duas BMW, entre outras marcas de luxo (veja vídeo acima).

O órgão ainda não divulgou um balanço completo da operação que, segundo os federais, teve o “objetivo de aprofundar as investigações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

A Operação Sem Desconto cumpriu os mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nos seguintes estados: São Paulo (45 mandados), Sergipe (12), Amazonas (1), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (2), Pernambuco (2), Bahia (2) e no Distrito Federal (1).

A TV Globo apurou que o foco está em três empresas responsáveis pela estrutura da lavagem de dinheiro do esquema criminoso.

Os crimes investigados são de estelionato qualificado; peculato; corrupção ativa; uso de documento falso; lavagem de capitais e organização criminosa.

Na operação em São Paulo, os federais também apreenderam dinheiro em espécie e até uma arma.

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Sindicatos como alvo

Pelo menos três associações responsáveis pelo desconto indevido estão sendo alvo da operação desta quinta (9). Buscas na casa dos responsáveis por essas associações também estão sendo feitas.

O vice-presidente da entidade é o irmão do presidente Lula (PT), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, que não é alvo da operação da PF nesse momento.

Baptista de Souza tem depoimento marcado para essa mesma quinta (9) na CPMI do INSS, em Brasília.

Por meio de nota, a entidade disse que ?manifesta sua surpresa com o cumprimento de mandados de busca e apreensão na manhã de hoje em sua sede em São Paulo, bem como na casa de seu Presidente e alguns Diretores, em operação deflagrada pela Polícia Federal em nova fase da ?Operação Sem Desconto?.

?Esclareça-se que os advogados não tiveram acesso ao inquérito policial, ao conteúdo das razões da representação policial ou dos fundamentos da decisão que autorizou a deflagração da medida cautelar, mas reitera seu absoluto repúdio e indignação com quaisquer alegações de que foram praticados delitos em sua administração ou que foram realizados descontos indevidos de seus associados?, afirmou.

?A exemplo do procedimento adotado nas demais demandas judiciais, o SINDNAPI comprovará a lisura e legalidade de sua atuação, sempre em prol de seus associados, garantindo-lhes a dignidade e respeito que são devidos?, disse o sindicato.

1ª fase da operação

Os dois são suspeitos de envolvimento nas fraudes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Na operação do início de setembro, foram apreendidas esculturas eróticas, quadros, arma e carros de luxo.

?? Uma investigação da PF revelou um amplo esquema de fraudes e desvios de dinheiro de aposentadorias e pensões do INSS. Antunes é o lobista apontado pela PF como “facilitador” do caso.

? A PF afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

Naquela data, a PF dizia que o prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude revisitou, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.

Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024. A defesa dele não foi localizada pela reportagem.

Por telefone, a defesa de Antunes afirmou à TV Globo que buscaria a liberdade do seu cliente.

Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência. A defesa do empresário disse não haver “qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS”. (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)

Os agentes também foram à casa e ao escritório do advogado Nelson Wilians, na cidade de São Paulo, onde encontraram diversas obras de arte.

Em nota, a defesa dele esclareceu que ele “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”. (Leia a íntegra ao final desta reportagem.)

No total, são cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo e no Distrito Federal. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF André Mendonça.

Diversos carros de luxo foram apreendidos, incluindo Ferrari, Land Rover, Porsche, Mercedes e até um carro de Fórmula 1.

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Como funcionava o esquema

Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:

  • ? ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;
  • ?? usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;
  • ? criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

As associações cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”.

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade ? com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

De acordo com a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.

A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada.

O que dizem as defesas

?? Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa de Maurício Camisotti:

“A defesa do empresário Maurício Camisotti afirma que não há qualquer motivo que justifique sua prisão no âmbito da operação relacionada à investigação de fraudes no INSS.

Os advogados chamam a atenção para a arbitrariedade cometida durante a ação policial: Camisotti teve seu celular retirado das mãos no exato momento em que falava com seu advogado. Tal conduta afronta garantias constitucionais básicas e equivale a constranger um investigado a falar ou produzir prova contra si próprio.

A defesa reitera que adotará todas as medidas legais cabíveis para reverter a prisão e assegurar o pleno respeito aos direitos e garantias fundamentais do empresário.”

?? Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela defesa do advogado Nelson Wilians:

“Em relação ao mandado de busca e apreensão cumprido nesta data, Nelson Wilians esclarece que tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência.

Nelson Wilians já afirmou, anteriormente, que sua relação com um dos investigados ? seu cliente na área jurídica ? é estritamente profissional e legal, o que será comprovado de forma cabal. Os valores por ele transferidos referem-se à aquisição de um terreno vizinho à sua residência, transação lícita e de fácil comprovação.

Ressaltamos que a medida cumprida é de natureza exclusivamente investigativa, não implicando qualquer juízo de culpa ou responsabilidade. O advogado permanece à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência.”

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Fonte G1 Brasília

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