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A resistência obstinada de Davi Alcolumbre (União-AP) à indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal (STF) tem deixado surpresos integrantes da Corte e do Palácio do Planalto ouvidos pelo blog.
Para esses integrantes, Alcolumbre tem deixado as digitais nesse processo, e acabou por se tornar a cara da crise institucional sem precedentes ? há risco real de o Senado rejeitar uma indicação do presidente da República para a Suprema Corte, algo sem precedentes na história recente do país.
Interlocutores de Alcolumbre dizem que ele busca, apenas, ser respeitado, e que a afronta do governo começou quando o presidente Lula (PT) não telefonou para comunicar oficialmente a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Enquanto ainda estava indefinida qual seria a indicação de Lula, Alcolumbre defendia abertamente o nome do senador e ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O governo não vê como plausível este ser o único motivo para o descontentamento do Legislativo. E houve uma articulação da base de Lula para dizer que há uma demanda de cargos e uma agenda de preocupações com investigações em andamento.
Após uma nota pública de Alcolumbre no último domingo (30) expondo seu descontentamento com essa narrativa do governo, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), precisou dizer publicamente que o governo não está atacando o senador.
Enquanto a preocupação do governo é uma possível derrota do nome de Messias, há essa briga entre Legislativo e Executivo, e o Supremo observando esse cenário de forma perplexa.
Diversas fontes de diferentes grupos do STF ouvidas pelo blog dizem que a atuação do presidente do Senado é sem precedentes, porque agora, a impressão que fica é que há uma busca por derrotar a indicação de Jorge Messias.
Quem acompanhou a indicação de André Mendonça caso relembra que Davi Alcolumbre submeteu o então indicado a um processo com ?requintes de crueldade?, nas palavras de um aliado do ministro. E que até a RP9 foi colocada na mesa para convencer senadores a derrubarem a indicação.
?RP9: conhecidas como emendas de relator, elas funcionam como um “cheque em branco” no orçamento federal: o relator-geral da LOA recebe um montante bilionário para distribuir entre projetos indicados por deputados e senadores, sem a obrigatoriedade de transparência inicial sobre os destinatários. Elas foram criadas para agilizar aprovações no Congresso.
Fonte G1 Brasília