O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (3) que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o combate ao crime organizado.
Ele fez um alerta sobre a entrada do crime organizado em instituições democráticas, e afirmou que sugeriu ao líder norte-americano para começar a prender brasileiros, chefes de facção, que estão em território norte-americano.
“Eu disse ao Trump, a gente não precisa usar armas, a gente tem que usar a inteligência”, afirmou. “Vamos prender os brasileiros que estão aí”.
.cxm-block-video__container–vertical #wp3-player-8pp7b .clappr-player .poster__play-wrapper > svg {
width: 50%;
height: 50%;
}
}
O presidente deu a declaração em entrevista à TV Verdes Mares, de Fortaleza. A fala de Lula ocorre um dia depois dele ter ligado para Trump.
Essa é a terceira vez que os dois mandatários conversam desde que sanções foram impostas ao Brasil pelos Estados Unidos. Dessa vez, o telefonema durou 40 minutos.
O petista, segundo o Planalto, mencionou recentes operações realizadas pelo governo federal para “asfixiar” financeiramente facções ? como a que apura crimes no setor de combustíveis ? e que identificaram grupos que atuam a partir do exterior.
Ainda de acordo com o Planalto, Trump ressaltou “total disposição” em trabalhar conjuntamente com o Brasil e disse que dará apoio a iniciativas bilaterais para enfrentar organizações criminosas.
Recentemente, os Estados Unidos intensificaram ações no mar do Caribe contra organizações criminosas que traficam drogas, especialmente venezuelanas.
?A crise dos EUA com a Venezuela é um ponto de atenção do governo brasileiro, que tem se preocupado com a possibilidade de um conflito militar se instalar na América do Sul, gerando instabilidade na região e em países vizinhos.
Houve consenso entre Lula e o norte-americano de que novas conversas sobre esses dois temas ? tarifas e combate ao crime ? devem ser realizadas em breve.
Segundo um auxiliar do presidente Lula, a ligação com Trump desta terça foi costurada entre os dois chefes de Estado, naquele contato pessoal que trocaram recentemente, de “linha direta”.
Fonte G1 Brasília