REDES SOCIAIS

28°C

Na contramão de 2018, ministro do TSE diz não ver fake news em conteúdo enganoso sobre ‘kit gay’

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Raul Araújo entendeu que não é fake news conteúdo enganoso tratado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como ‘kit’ gay. O entendimento dele diverge de posição de um mesmo ministro do tribunal em 2018.

A decisão de Raul Araújo vai ao plenário do TSE na próxima terça-feira (6). Fontes contatadas pelo blog apontam que ela deve ser derrubada pelos demais ministros.

A pedido do PT, Araújo analisou no último dia 29 representação contra a veiculação de um vídeo por um dos filhos do presidente, Eduardo Bolsonaro, e outras duas pessoas nas redes sociais.

O material mostra uma entrevista de Bolsonaro com conteúdo enganoso sobre um programa de combate à homofobia nas escolas lançado pelo Ministério da Educação durante o governo PT.

Araújo considerou que a liberdade de expressão “não se direciona somente a proteger as opiniões supostamente verdadeiras, admiráveis ou convencionais, mas também aquelas que são duvidosas, exageradas”.

Assim, o ministro não viu fake news nas falas do presidente. Na decisão, ainda não vê problemas em pessoas compartilharem a entrevista do presidente sobre o chamado ‘kit’ gay. Apesar do entendimento de Araújo, as próprias redes sociais decidiram derrubar as postagens ? com exceção do TikTok.

O ministro vai contra outro magistrado, o também ministro do TSE Carlos Horbach. Em 2018, Horbach determinou que o Facebook retirasse do ar postagens sobre o ‘kit’ gay.

Para Horbach, as publicações geram “desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, sustentou, em 15 de outubro daquele ano.

Já na visão de Raul Araújo, o “vídeo publicado não apresenta fato evidentemente falso ou gravemente descontextualizado, nem ofensivo à honra de candidato ou à higidez do processo eleitoral”.

Araújo diz, ainda, que “a atuação da Justiça Eleitoral em relação a conteúdos divulgados na internet deve ser realizada com a menor interferência possível no debate democrático”.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS