A ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), alfinetou o candidato ao Senado, Neri Geller (PP), e disse que a decisão do grupo de esquerda de expor a deleção premiada que aponta o recebimento de uma suposta propina no valor de R$ 1,5 milhão por parte do senador Wellington Fagundes (PL) – que busca sua reeleição – foi uma medida eleitoreira a fim de prejudicar a campanha do liberal.
De acordo com Martinelli, que compõe a segunda suplência de Fagundes, apesar da tentativa do progressista em desarticular o grupo, a população mato-grossense já conhece a trajetória política de Wellington.
“Isso não nos prejudica em nada, porque isso só apareceu agora? O Wellington é senador há 8 anos, ele tem seis mandatos consecutivos como deputado federal e eu acredito, particularmente falando, que essa exposição aconteceu integralmente com cunho eleitoreiro a fim de prejudicar a campanha dele ao Senado, mas ele não tem nenhum processo que possa desaboná-lo em sua carreira pública. A sociedade já conhece ele e o trabalho dele enquanto senador”, disse em entrevista ao , nesta quinta-feira (1).
Tanto Neri quanto Fagundes disputam a única vaga disponível para Mato Grosso no Senado Federal para o pleito desse ano.
Delação premiada
O documento em questão se trata de um depoimento de Pierre François Amaral de Moraes, onde aponta que Fagundes recebeu R$ 1 milhão em propina para sua campanha ao Senado Federal.
Conforme o relator, metade do dinheiro foi entregue ao filho Wellington em uma caixa de vinho. Datado em 2018 na Delegacia Especializada de Crimes Fazendários, na declaração, o empresário diz que intermediou a conversa entre Wellington e o então governador Silval Barbosa, que teria “repassado” o valor de R$ 1,5 milhão em propina.
De acordo com a denúncia, o valor foi repassado de forma “parcelada”, a primeira entrega do montante de R$ 500 mil foi realizada no apartamento do então deputado, a segunda, teria sido entregue ao filho de Wellington, em Rondonópolis, com o dinheiro em espécie dentro de uma caixa de vinho.
Outros R$ 500 mil teriam sido entregues para Lúdio Cabral, então candidato ao Governo do Estado, por meio de pagamentos via TED.
Fonte: Isso É Notícia