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?A desordem urbana é a regra no RJ?, diz secretário de Segurança Pública após facção planejar invadir favela da Zona Oeste

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O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, fez um balanço da operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que frustrou uma tentativa de invasão do Comando Vermelho em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio, nesta quarta-feira (16). A região é dominada pela milícia.

?O estado do Rio é um estado pequeno. Nós temos mais de 1.900 comunidades. A desordem urbana é a regra no Rio de Janeiro e a gente não pode negar isso. O controle do solo detém um ente responsável. Então, hoje, o que a gente tenta fazer é essa integração entre todos os entes da federação: município, estado e União”, disse em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.

Segundo Santos, o setor de inteligência da Polícia Militar identificou que a comunidade da Tijuquinha estava sendo usada como base da facção e iniciou uma operação com o Bope no local.

Em retaliação, bandidos tomaram as chaves de nove ônibus e atravessaram os veículos na Estrada do Itanhangá, que dá acesso às comunidades da Muzema, Tijuquinha e Rio das Pedras.

?Os criminosos entraram no coletivo, retiraram as chaves. Isso já é uma praxe que tem sido feita. É a forma que eles encontram de atrapalhar o trânsito, não só para a chegada de novas viaturas, mas também fazer com que um número grande de pessoas acabe transitando pelas vias”, disse.

Victor Santos disse que apesar do medo que motoristas e passageiros enfrentaram, a situação poderia ser pior. Não houve confronto nem feridos.

?A intervenção da Segurança Pública e basicamente da Polícia Militar foi exatamente nesse sentido, de evitar que um mal maior ocorresse. O transtorno ocorreu? Claro que ocorreu.?

?O Comando Vermelho com esse planejamento de expansão tem causado esse tipo de transtorno. Então, obviamente, a gente lamenta tudo que a população naquele local passou, principalmente os motoristas, todos os passageiros que estavam no ônibus, mas a polícia agiu dentro do que era possível fazer naquele momento, que era evitar um dano maior, que é colocar essa população em meio a uma troca de tiros entre traficantes e milicianos”, completa.

A via foi interditada nos dois sentidos e, em função disso, uma longa fila de ônibus se formava na região. Imagens do Globocop mostravam muitos carros manobrando para escapar do local.

De acordo com a Polícia Civil, o crime organizado tem uma espécie de função para gerentes de barricadas, responsável por instalar bloqueios nas comunidades do Rio para dificultar o acesso da polícia.

Mais de 130 veículos usados como barreiras

Nos últimos 12 meses, mais de 130 ônibus foram usados como barricadas em comunidades do Rio de Janeiro.

De acordo com o sindicato, entre agosto do ano passado e agosto desse ano, 29 coletivos foram incendiados.

Em agosto, criminosos usaram ônibus e caminhões como barricadas durante operação policial no Complexo de Israel, na Zona Norte.

Fonte G1 Brasília

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