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ABÍLIO BRUNINI: QUANDO A POLÍTICA SE AFASTA DA FÉ

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A cena poderia passar despercebida, mas não passou. Ao responder de forma irônica a um munícipe, dizendo que iria “tapar o buraco dele”, o prefeito Abílio escancarou um estilo de governar que mais se aproxima da lacração do que da liturgia de um cargo público.

A declaração não gerou apenas incômodo político. Também acendeu um alerta espiritual. Afinal, trata-se de um líder que se declara cristão e frequentador da Assembleia de Deus – Ministério Belém, uma das mais tradicionais do Brasil e de Mato Grosso. Não à toa, muitos se perguntam: quando a política passou a se sobrepor à fé?

A comparação é inevitável. O avô de Abílio, saudoso pastor Sebastião Rodrigues de Souza, foi por quase cinco décadas uma das maiores referências nacionais da Assembleia de Deus. Um homem conhecido pela seriedade, pela sobriedade no falar e pelo compromisso inabalável com a verdade. E aqui nasce a questão incômoda: o que o pastor Sebastião diria da postura de seu neto hoje?

O silêncio da Igreja diante de episódios como esse também chama atenção. O que pensam os irmãos de fé? O que dizem os atuais líderes da Assembleia? É compatível com a vida cristã transformar o debate público em piada de mau gosto?

A Bíblia é clara: “da mesma fonte não pode jorrar água doce e água amarga” (Tiago 3:11). No entanto, ao que parece, em nome da política, a fé foi empurrada para o segundo plano. O ambiente em que Abílio cresceu — marcado por oração, união e respeito — deu lugar a um repertório de chacota, imaturidade e frases de efeito.

A herança espiritual que carrega não se transmite pelo sobrenome — que ele sequer herdou —, mas pelo testemunho. E testemunho não se improvisa: se constrói. Quando um cristão abre mão da reverência diante de Deus para buscar aplausos fáceis no palco da política, perde mais do que credibilidade. Perde coerência.

No fim, não serão os vídeos virais que contarão sua história, mas o peso de suas atitudes. E nesse quesito, o voto de confiança da população tem limite.

Eleitor de Abílio membro da Assembleia de Deus que pediu anonimato.

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