Um relatório da Abin encontrado no gabinete da Câmara do deputado Alexandre Ramagem durante as buscas feitas pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25) aponta que o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência foi informado sobre o curso das investigações contra ele mesmo.
A suspeita é de que, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Abin tenha usado um software para monitorar, ilegalmente, autoridades públicas como governadores e até integrantes do Supremo Tribunal Federal.
Segundo as investigações, a espionagem era feita com o software israelense FirstMile ? e, por conta disso, os dados eram armazenados fora do país. Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Passos, a espionagem atingiu 30 mil brasileiros.
Alexandre Ramagem é próximo da família Bolsonaro. Ele entrou para a PF como delegado em 2005 e chefiou a equipe de segurança do ex-presidente na campanha eleitoral de 2018, depois do atentado a faca em Juiz de Fora (MG).
Fonte G1 Brasília