REDES SOCIAIS

Your monthly usage limit has been reached. Please upgrade your Subscription Plan.

°C

Alckmin: nova regra para limitar gasto público vai ser discutida ‘para frente, mas não nesses 30 dias’

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta terça-feira (22) que o futuro governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve debater a criação de novas regras para limitar o gasto público ? mas disse que isso deve ocorrer a partir de 2023, e não durante a transição de governo.

“A questão da discussão [da âncora fiscal], ela vai ter que ser feita para frente, mas não nesses 30 dias agora. A proposta foi encaminhada, agora é ouvir, ouvir, ouvir as sugestões, ponderações e o pronunciamento do Senado e da Câmara”, disse.

O governo eleito tenta aprovar no Congresso, ainda em 2022, uma permissão para gastar R$ 200 bilhões com programas sociais no ano que vem sem as restrições do teto de gastos (veja detalhes abaixo).

Na campanha, Lula também defendeu que a regra do teto de gastos seja derrubada e substituída por novos mecanismos de limitação das despesas públicas. O PT e o governo eleito, no entanto, ainda não detalharam como seria essa nova proposta.

“Isso vai ter que ser discutido porque a partir de 2023, a emenda constitucional propõe uma revisão. Haverá, sim, uma discussão e uma revisão. Eu acho que o ideal era fazer uma combinação entre o teto – aí, se define qual a melhor fórmula – com a evolução da curva da divida e o resultado primário. Você faz uma composição das três coisas”.

‘Alguma âncora vai ter’, diz Tebet

Integrante da equipe de transição no grupo técnico de desenvolvimento social, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou nesta terça que a PEC da Transição deverá trazer algum dispositivo de controle das contras públicas.

?Alguma âncora vai ter. A gente vai ter prazo para isso. Eles estão conversando, acho que estamos chegando a um bom termo?, declarou a senadora, ao ser questionada por jornalistas sobre a PEC da Transição, que deve começar a tramitar nos próximos dias.

Segundo Tebet, o Congresso Nacional é quem vai decidir sobre o prazo de vigência da regra que exclui o futuro Bolsa Família, no valor de R$ 175 bilhões, das limitações do teto de gastos (que limita a maior parte das despesas à inflação do ano anterior).

Ela disse acreditar, porém, que o prazo se estenderá, ao menos, durante todo o terceiro mandato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

?Somos um coletivo né, o Congresso Nacional é que vai decidir sobre isso. Mas acredito que tem condições de se estender pelos quatro anos?, afirmou.


window.PLAYER_AB_ENV = “prod”

Responsabilidade fiscal

Faltando 45 dias para a posse, o governo eleito vem sendo cobrado por acenos à responsabilidade fiscal porque, ainda na transição, tenta negociar uma emenda à Constituição para garantir R$ 175 bilhões fora do teto de gastos em 2023.

A proposta apresentada ao Congresso Nacional na última semana prevê que essa cifra seja tirada da regra de austeridade para bancar o Bolsa Família nos moldes prometidos na campanha de Lula ? R$ 600 mensais por família, com R$ 150 adicionais por cada criança de até 6 anos.

Se a PEC for proposta e aprovada nos termos indicados pelo governo, a medida abre no Orçamento de 2023 um espaço de R$ 105 bilhões dentro do teto de gastos ? é o valor reservado pelo governo Bolsonaro para o Auxílio Brasil do próximo ano. O governo eleito quer usar essa parte do orçamento para cumprir outras promessas de campanha.

O fato de tirar as despesas do teto de gastos, no entanto, não retira do Executivo a obrigação de arranjar dinheiro para bancar o custo das medidas.

O governo pode cortar outras despesas ou apostar no aumento de arrecadação, por exemplo, mas a solução mais “garantida” é justamente a que desagrada o mercado: emitir títulos públicos e, com isso, aumentar a dívida federal.

O teto de gastos, implementado em 2017 e contornado sucessivas vezes nos anos seguintes, prevê que o aumento das despesas do governo não pode ter um ritmo maior que a inflação do período ? justamente para evitar a explosão da dívida pública.

Mecanismos assim são chamados pelos economistas de “âncoras fiscais” (veja no vídeo abaixo).

O governo eleito já informou, ainda na campanha, que pretende revogar o teto de gastos e propor um novo modelo de âncora.

Os detalhes dessa futura proposta, assim como os integrantes da equipe econômica do novo governo, ainda não foram divulgados e são aguardados com ansiedade pelo mercado financeiro.


window.PLAYER_AB_ENV = “prod”

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS