O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reuniu-se na manhã desta quarta-feira (10) com o presidente, ministros e o líder do PSB na Câmara, na primeira de uma série de conversas para cobrar fidelidade no Congresso Nacional dos partidos aliados ao governo.
O encontro ocorreu no gabinete do vice-presidente Geraldo Alckmin, filiado ao PSB. Alckmin acumula o cargo de vice com o de ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Também participam do encontro com Padilha:
- Carlos Siqueira, presidente do PSB
- Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos
- Felipe Carreras (PE), líder do PSB na Câmara
- Ricardo Cappelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça
Além do PSB, Felipe Carreras é líder do superbloco formado por aliados de Arthur Lira (PP-AL), que conta com 173 deputados.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também compareceram à reunião.
Antes do encontro, Guimarães minimizou a ausência de Lula nas reuniões com ministros e líderes de partidos da base.
?Quem articula é o ministro Padilha. Corretamente ele [Lula] disse que quem articula é Padilha com seus lideres?, afirmou.
O PSB, que tem 14 deputados e 4 senadores, também comanda os ministérios da Justiça, com Flávio Dino, e o de Portos e Aeroportos, com Márcio França. Ao todo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 37 ministérios.
Além do PSB, Padilha terá reuniões com ministros e parlamentares do PSD, MDB e União Brasil. O encontro com os integrantes do PSD está previsto para a tarde desta quarta.
Derrotas no Congresso
As reuniões foram determinadas por Lula após as recentes derrotas do governo no Congresso, entre as quais a aprovação pela Câmara de um projeto que derruba trechos do decreto que altera o marco do saneamento básico.
A proposta, que agora será analisada pelo Senado, teve votos de parlamentares de partidos da base.
A base governista também não conseguiu barrar convocações de ministros em comissões.
A tentativa de melhorar a articulação é feita diante da intenção de votar na próxima semana, na Câmara, o projeto que estabelece uma nova regra fiscal, principal proposta enviada pelo governo até o momento para o Congresso.
O governo também terá de mobilizar a base para atuar na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos golpistas de 8 de janeiro.
Fonte G1 Brasília