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Ataque a tiros no DF amplia rol de investigações sobre o PRTB; PF recebe novas queixas

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Um ataque a tiros ainda não esclarecido pela Polícia de Brasília contra ex-dirigentes do PRTB no Estado de São Paulo ampliou o já intrincado rol de investigações sobre a cúpula da sigla, no Sudeste e no país.

Dois motoqueiros dispararam, na quinta-feira (10), no Distrito Federal, contra o ex-presidente da sigla no diretório paulista e uma advogada que representou o PRTB, Patrícia Reitter. Patrícia é autora de uma série de queixas contra a atual cúpula do partido. Em depoimentos e trechos de conversas que chegaram à PF há cerca de dez dias, ela disse ter sido alvo de ameaça de morte pela atual cúpula da legenda.

Ao longo deste ano, dirigentes que foram afastados do PRTB pela nova direção da sigla foram à Justiça Eleitoral e ao Ministério Público alegando que houve fraude na eleição do atual presidente da legenda, Leonardo Avalanche.

Ele teria, segundo as queixas, comprado votos e feito promessas que, depois de descumpridas, teriam, segundo os relatos, levado a uma série de ameaças. É nesse contexto que se insere a queixa de Patrícia.

Segundo apurou o blog, documentos entregues à PF apresentam relatos em que a advogada disse ter sido ameaçada de morte pelo atual presidente da legenda, Leonardo Avalanche. Ela ainda apresentou um áudio que atribui a um ex-presidente do PRTB em São Paulo, que era aliado de Avalanche, Tarcisio Escobar.

Na gravação, o homem diz que tem ?duas famílias?: ?A minha e o PCC?.

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Patricia Reitter, a advogada que afirma ter prestado serviços para o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, se soma a outros ex-integrantes do partido que disseram ter sofrido ameaças para deixar de questionar a forma como Avalanche se elegeu dirigente da legenda. Ele é acusado na Justiça Eleitoral de ter falsificado documentos e comprado votos para chegar ao comando da sigla.

Patrícia foi a uma delegacia da mulher em setembro deste ano registrar queixa de ameaça. O blog teve acesso ao documento. No depoimento, ela afirma que, ?em maio de 2024, em data que não consegue precisar, houve uma oportunidade que encontrou Leonardo (Avalanche) no Centro empresarial Brasil 21?, um edifício comercial conhecido em Brasília.

Patrícia afirma que Avalanche teria dito: ?Qualquer pessoa que se opuser a mim, eu vou mandar matar. Não só a pessoa, mas todos que estiverem em casa. Criança, idoso, cachorro?.

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Ela também relata ter sido alvo de agressões morais, e que passou a receber informações de que um então aliado de Avalanche, Tarcísio Escobar, que foi por três dias presidente do PRTB em São Paulo, teria sido escalado para amedrontá-la.

É nesse contexto que ela repassou a advogados um áudio, que atribui a Escobar. Na mensagem, enviada por WhatsApp, um homem afirma:

?Doutora, eu nunca, nunca vou colocar o nome da senhora em risco. Nunca. (?) Ao contrário. Eu tenho duas famílias, a minha e o PCC?.

A queixa de Patrícia, feita à Polícia Civil de Brasília, foi também encaminhada ao Ministério Público e, agora, à Polícia Federal, que já tem um inquérito aberto sobre as suspeitas que rondam a cúpula do PRTB.

Procurado pela repórter Thaiza Pauluze, da GloboNews, a assessoria do PRTB não se manifestou sobre os novos documentos anexados ao inquérito da Polícia Federal. Um novo pedido de manifestação foi enviado nesta sexta (11).

A cúpula do partido encaminhou texto no qual lamenta o ataque a tiros à advogada e ao ex-presidente do PRTB.

Posicionamento do PRTB:

“Nota de Repúdio

Nós, do PRTB, na pessoa do presidente nacional Leonardo Avalanche, repudiamos veementemente o atentado sofrido pelos Drs. Joaquim e Patrícia. Este ato de violência é inaceitável e atenta contra a integridade dos profissionais da advocacia e os princípios do Estado de Direito.

Expressamos nossa solidariedade aos advogados e suas famílias, desejando que encontrem força para superar esse momento difícil. Que a justiça seja feita e os responsáveis sejam punidos.?

O escritório do advogado Túlio Bandeira, que representa ex-dirigentes do PRTB, confirmou à GloboNews o envio das novas acusações e do áudio atribuído a Escobar à PF.”

Fonte G1 Brasília

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