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Bolsonaro defenderá na Febraban consignado para Auxílio Brasil; bancos não devem adotar medida

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O presidente Jair Bolsonaro participará de almoço nesta segunda-feira (8) na sede da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo. No encontro, defenderá o crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil.

Os grandes bancos, porém, já decidiram que não vão adotar a modalidade. Avaliam que são famílias vulneráveis e, portanto, não querem estimular o endividamento delas.

A princípio, a regulamentação do crédito consignado feita pelo governo não prevê um teto para os juros a serem cobrados de beneficiários do Auxílio Brasil. Mas uma ala do governo defende que seja fixado um teto, como já acontece hoje com aposentados do INSS. O tema pode ser discutido hoje na reunião da Febraban.

O encontro do presidente com banqueiros vem depois das críticas que ele fez à Febraban por ter assinado o manifesto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em defesa da democracia.

Bolsonaro e ministros atacaram banqueiros, dizendo que eles decidiram assinar a carta da Fiesp como vingança pelo lançamento do PIX, que teria causado prejuízos ao setor.

A articulação do encontro foi feita por assessores políticos e econômicos do presidente na busca de aliviar a tensão do Palácio do Planalto com o setor privado, depois das críticas desferidas pelo presidente contra empresários por causa das cartas em defesa da democracia.

A Febraban já estava organizando encontros com presidenciáveis e decidiu agendar o de Bolsonaro para esta segunda-feira.

No caso do crédito consignado, grandes bancos como Bradesco, Itaú e Santander já decidiram que não irão participar da modalidade. O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, já disse que por se tratarem de famílias vulneráveis a instituição decidiu não oferecer essa modalidade de crédito a este segmento.

Os grandes bancos avaliam que o Auxílio Brasil é um recurso para garantir a alimentação para estas famílias e que o crédito consignado acabaria reduzindo o valor do benefício e estimulando que o dinheiro fosse direcionado para outros gastos não prioritários para essas pessoas.

Instituições de pequeno e médio porte, porém, querem trabalhar no segmento. Levantamento feito recentemente pelo jornal ?O Globo? mostrou que alguns bancos já estavam ofertando o crédito, mas com juros anuais na casa de 78%, bem acima, por exemplo, dos juros de 26% oferecidos para aposentados do INSS.

O governo aposta no Auxílio Brasil para melhorar o desempenho do presidente Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto. O pagamento do novo valor, de R$ 600, começa a ser pago a partir desta terça-feira (09). Aliados de Bolsonaro admitem que o impacto não será significativo, mas o suficiente, segundo eles, para levar a eleição para o segundo turno.

Fonte G1 Brasília

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