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Brasil pode compensar eventuais perdas com ‘tarifaço’ de Trump? Veja possibilidades no Brics, segundo Apex

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O Brasil preside o Brics neste ano e incluiu no calendário do grupo reuniões temáticas sobre temas com meio ambiente, finanças, trabalho. A declaração de Fávaro foi dada após a reunião temática sobre agricultura.

Segundo o ministro, durante a reunião, houve consenso sobre a necessidade de se ampliar o comércio de produtos agropecuários entre os países do Brics em razão do novo cenário de taxas impostas ao mercados dos EUA.

“Por óbvio, isso nos motiva ainda mais para o fortalecimento desse bloco geopolítico. A afronta neste momento, por parte do governo norte-americano, e um protecionismo sem precedentes, certamente, nos induz ao fortalecimento do bloco e buscar novas oportunidades”, declarou Fávaro na ocasião.

Desde que o “tarifaço” foi anunciado, especialistas em relações internacionais e diplomatas têm dito que o Brasil precisa agir em duas frentes:

  • negociar alternativas com o órgão de comércio dos EUA;
  • diversificar os parceiros comerciais ao redor do mundo.

Em comunicados oficiais, o Ministério das Relações Exteriores tem afirmado que as medidas da Casa Branca ? o “tarifaço” e a sobretaxa sobre aço e alumínio importados ? causarão “impacto significativo” sobre as exportações brasileiras.

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Como compensar as eventuais perdas com o ‘tarifaço’?

Nesse cenário, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) elaborou um documento com as chamadas “oportunidades comerciais” do Brasil no Brics, isto é, possíveis setores que podem exportar produtos para os países do bloco.

O levantamento também mapeia quantos produtos poderiam ter o interesse desses países.

Ao todo, segundo a Apex, foram identificados 1,6 mil produtos que o Brasil pode exportar para os países que integram o Brics.

No atual contexto internacional, o estudo afirma que “a nova política tarifária do governo Trump nos EUA pode levar a uma maior aproximação comercial do Brasil com os países do grupo.”

Conforme o órgão, foram mapeadas diversas oportunidades de exportação para os países do Brics, distribuídas da seguinte maneira:

  • África do Sul: 582;
  • China: 400;
  • Índia: 388;
  • Rússia: 231.

Ainda de acordo com a Apex, entre os setores que poderiam aumentar as exportações por meio de vendas para os países do Brics, estão:

  • proteína animal;
  • alimentos processados;
  • rochas ornamentais.

Dados da agência indicam que a relação comercial entre o Brasil e os países do Brics é superavitária para o Brasil, isto é, o país mais exporta que importa.

Segundo os dados a agência, em 2024, por exemplo, o Brasil exportou o equivalente a US$ 102,5 bilhões em produtos para países do Brics e importou o equivalente a US$ 82,1 bilhões.

Com isso, o saldo da balança comercial ficou positivo para o Brasil (superávit) em US$ 20,4 bilhões.

Europa e China

A Apex informou que representantes do órgão e do Ministério das Relações Exteriores viajarão para a Europa entre os dias 23 e 30 e abril para tentar ampliar as relações comerciais com países do continente.

O objetivo é tentar “acelerar” a implementação o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, negociado desde 1999 e assinado somente em 2024 – o acordo ainda precisa ser ratificado pelos órgãos que representam os governos e a população dos países do bloco.

A comitiva brasileira ? formada por integrantes do governo e também por empresários de setores como café e frutas ? cumprirá agendas em Portugal, Polônia e Bélgica.

A expectativa do governo é que o grupo faça reuniões com representantes dos setores de:

  • comércio e investimentos;
  • ciência e tecnologia; e
  • agrícola.

Paralelamente a essa estratégia, o presidente Lula deve viajar para a China em maio para participar de uma reunião de representantes dos países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) com Xi Jinping.

A China tenta ampliar sua influência política e econômica sobre países da região por meio de acordos comerciais e investimentos em obras de infraestrutura, a exemplo do porto de Chancay, no Peru.

Fonte G1 Brasília

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