A Câmara Municipal de Cuiabá, definiu nesta segunda-feira (13), os membros que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá investigar a intervenção do Governo de Mato Grosso na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital.
A CPI tem um prazo de 120 dias para verificar a possibilidade de desvio de finalidade dos atos praticados pelo Governo neste período, podendo ser prorrogado por mais 120 dias.
O pedido de abertura da CPI foi protocolado pelos vereadores Luiz Claudio (PP), Renivaldo (PSDC), Mario Nadaf (PV), sargento Vidal (MDB) e Rogério Varanda (MDB), e contou com 15 assinaturas dos parlamentares que compõem a base aliada do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
Para presidir a Comissão, o nome escolhido foi o do vereador Luís Cláudio (PP). Além dele, compõe o grupo o vereador Rodrigo Arruda e Sá (Cidadania) como relator e o vereador Sargento Vidal (MDB) como membro.
O documento também traz o pedido de investigação por suposto assédio moral, abuso de autoridade e atos administrativos irregulares praticados pela equipe de intervenção e aparente descontinuidade dos serviços de saúde, prestados ou geridos pelo governo estadual enquanto estava responsável pela pasta na capital.
Intervenção na Saúde
No dia 28 de dezembro de 2022, a intervenção foi proposta pela Procuradoria-Geral de Justiça do Estado de Mato Grosso, solicitando, liminarmente, a nomeação de interventor para substituir o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na administração da saúde na capital.
O pedido para que houvesse uma intervenção na saúde teve início após uma representação do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed/MT) no final de agosto desse ano, onde o sindicato noticiou várias irregularidades por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá ao longo dos últimos anos e que estariam prejudicando a saúde no município, como falta de médicos, furo nas escalas médicas, falta de medicamentos, atraso nos pagamentos e assédio moral de servidores.
À época, o desembargador ainda destacou a defasagem e falta de profissionais na área da saúde, enfatizando a falta de concurso público para preenchimento das vagas e o alto número de servidores comissionados na saúde pública do município.
Fonte: Isso É Notícia