A Câmara dos Deputados negou nesta terça-feira (22) que tenha desligado o sistema de ar-condicionado durante uma reunião convocada por parlamentares da oposição em comissões da casa comandada pelo Partido Liberal.
A acusação foi feita pela deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), que afirmou nas redes sociais que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), impediu o funcionamento do equipamento. Segundo ela, uma assessora chegou a passar mal por causa do calor.
?Hugo Motta não permitiu nem ligar o ar-condicionado da sala de reunião da comissão. Minha assessora quase desmaiou?, escreveu a deputada em um post nas redes sociais.
Em nota, a assessoria da presidência da Câmara afirmou que não houve qualquer solicitação para desligamento do sistema de climatização e que o ar-condicionado foi ligado normalmente às 8h da manhã, uma hora antes da reunião marcada.
?O presidente Hugo jamais faria isso. O setor de climatização da Câmara negou qualquer tipo de solicitação para desligamento do sistema e reafirmou que está funcionando normalmente. O que pode ter ocorrido é ter demorado para funcionar ou a sala estar muito cheia?, diz o comunicado.
Oposição queria reunião no recesso
A denúncia ocorreu após a oposição tentar realizar reuniões das comissões de Segurança Pública e de Relações Exteriores, ambas presididas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o recesso parlamentar.
Os encontros tinham como objetivo aprovar moções de apoio ao ex-mandatário, em reação às medidas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como o uso de tornozeleira eletrônica e restrições à comunicação e recolhimento noturno de Bolsonaro.
Hugo Motta proibiu a realização de reuniões de comissões na Câmara dos Deputados durante o recesso, o que frustrou a tentativa de reunião da oposição.
Após a decisão do presidente, em protesto, deputados da oposição que estavam no local para as sessões estenderam uma faixa de apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Fonte G1 Brasília
