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Centrão bolsonarista duvida de prisão do ex-presidente, mas aposta em inelegibilidade; Michelle não é opção

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A parte bolsonarista do Centrão que comanda o PP e alas do PL apostam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deve voltar ao Brasil nesta quinta-feira (30), não deve ser preso, apesar da série de investigações da qual é alvo. 

Segundo um dos principais caciques do grupo ouvido pelo blog,  a avaliação do grupo é de que uma eventual prisão tornaria o presidente “um mártir”, o que poderia elevar o seu capital político.  “Mais fácil derrotar ele por conta da rejeição”, diz. 

Essa análise é compartilhada até por setores do PT, do governo Lula.

O centrão bolsonarista avalia, entretanto, que as chances de Bolsonaro se tornar inelegível são maiores. Isso porque o ex-presidente enfrenta 16 processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, caso seja condenado em alguma das ações, a consequência pode ser a inelegibilidade por um prazo de oito anos – tanto em eleições presidenciais quanto municipais.

Oito das ações foram propostas pelo Partido dos Trabalhadores, seis pelo PDT e dois pela ex-candidata à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil). Dentre as acusações está o questionamento de Bolsonaro sobre a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro.

Caso Bolsonaro se torne inelegível, o atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve ser a primeira opção da ala bolsonarista para concorrer como presidente nas eleições de 2026. Tarcisio, que é ex-ministro de Bolsonaro, é citado por bolsonaristas pragmáticos como o principal nome que pode unificar a direita moderada.

Às vésperas do primeiro turno, ministros do governo Bolsonaro chegaram a citar, além de Tarcisio, o nome de Campos Neto como potencial candidato do campo bolsonarista se o ex-presidente fosse reeleito.

Como o blog publicou em maio de 2022, o centrão dizia que Campos Neto poderia substituir Paulo Guedes na Fazenda num segundo mandato de Bolsonaro e, assim, se preparar para uma eventual disputa presidencial em 2026.

Hoje, com a derrota de Bolsonaro e os ataques de Lula e do PT a Campos Neto, esses mesmos políticos do centrão avaliam que Campos Neto não teria chances, pois, “população não vota em banqueiro”, e ele ficará carimbado como o presidente do BC que não diminuiu os juros. Campos Neto já disse mais de uma vez que rechaça qualquer disputa eleitoral.

Quanto à  ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, a expectativa no centrão é a de que ela se lance como senadora em 2026 – assim como o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos).

O próprio presidente do PP, Ciro Nogueira, disse ao Estudio i, na GloboNews, que não vê espaço para Michelle em 2026 disputar uma presidência.

Fonte G1 Brasília

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