Os partidos do Centrão que estão negociando a recriação da Funasa com o governo Lula defendem que o órgão fique no Ministério da Saúde e não seja transferido para outras pastas, que era a intenção da equipe presidencial.
Motivo: Progressistas e União Brasil, que estão discutindo o novo organograma da fundação, querem garantir um orçamento para a futura entidade com base na apresentação de verbas de emendas parlamentares.
Segundo interlocutores desses partidos, como metade das emendas parlamentares impositivas são destinadas para a área da saúde, ficaria mais fácil destinar essas verbas para o orçamento da Funasa, que deve começar a funcionar no final deste ano.
A Funasa havia sido extinta pelo governo Lula porque ela já não tinha mais praticamente verba orçamentária e estava perdendo, com isso, a razão de existir.
Só que o Congresso decidiu derrotar o Palácio do Planalto e garantir a recriação da fundação, pelo impacto que o órgão sempre teve em ações nas bases eleitorais de deputados e senadores.
Agora, o redesenho do órgão está sendo discutido por esses partidos, que vão comandar o novo órgão, com os ministérios da Casa Civil e das Relações Institucionais.
Foi a equipe do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que assumiu as negociações para garantir a recriação da Funasa, dentro do objetivo de atrair os partidos do Centrão para a base aliada do governo Lula.
Foi formada uma comissão, com participação destes partidos, especialistas e assessores da Casa Civil e do Ministério da Gestão para apresentar, em 30 dias, o modelo da nova Funasa, que tem braços nos Estados.
Fonte G1 Brasília