O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal Jorge Eduardo Naime chorou durante a reunião da CPI dos Atos Golpistas nesta segunda-feira (26) ao ser questionado sobre sua família.
O coronel é ex-chefe do Departamento de Operações (DOP) da PM-DF. No dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, Naime disse que estava de férias, mas foi à Esplanada após ter sido acionado. O militar está preso desde fevereiro por suposta omissão nos atos.
Em depoimento à CPI, o policial foi questionado pelo deputado Maurício Marcon (Pode-RS) a respeito do tempo que não tem contato com os ?filhos e a família?.
?Eu não tenho contato com os meus filhos desde que eu fui preso, dia 7 de fevereiro de 2023?, disse.
Na sequência, em desagravo ao militar, o parlamentar afirmou que o coronel é um ?injustiçado? e um ?preso político?.
O presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), passou a palavra ao colega deputado André Fernandes (PL-CE), que sugeriu a suspensão da reunião. Maia acatou e suspendeu a reunião por alguns minutos.
Depressão
Antes do depoimento, nesta segunda, o coronel apresentou um atestado médico para não comparecer à CPI. A GloboNews apurou que o atestado apontou um quadro de ansiedade e depressão.
Ele foi avaliado pela junta médica do Senado e decidiu decidiu depor. À comissão, ele justificou que, na situação de preso, mudanças na rotina acarretam ?alterações mentais? e tentou evitar ir ao Congresso.
?Hoje a intenção do médico é que a minha rotina não fosse alterada, porque ele sabe o que essa alteração de rotina altera na minha saúde mental, mas como eu já tinha vindo pro Congresso, eu espontaneamente decidi, mesmo não estando na melhor performance emocional que eu poderia estar?, disse.
Fonte G1 Brasília