Pablo Rodrigo– GD
Em mais uma tentativa de barrar a escolha do ex-procurador-geral de Justiça (PGJ), Deosdete Cruz Júnior como desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o deputado federal Emanuelzinho (MDB) ingressou com uma reclamação com pedido de liminar junto ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para anular o ato administrativo do Ministério Público de Mato Grosso oficializou a lista quadrupla encaminhada à Corte Estadual.
A sessão que votará nos candidatos do MP para a formação da lista tríplice para encaminhar ao governador Mauro Mendes (União) para sua livre escolha e nomeação, ocorre hoje (27) às 13h30.
Como justificativa, o parlamentar alega que sua reclamação contra Deosdete, e que poderá transformar em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), ainda não julgado, e que o Conselho Superior do MP mato-grossense ‘ignorou’ tal fato ao acatar o nome do ex-chefe do MP.
O pedido ainda usa o vídeo feito pelo procurador de Justiça, Domingos Sávio, onde ele critica a possibilidade de se ter um Ministério Público ‘chapa branca’ em relação ao ‘mandatários de ocasião’. Para o parlamentar, o vídeo teria ligação direta com as articulações e indicação de Desodete Cruz Júnior para a vaga de desembargador
“Em importante pronunciamento o Procurador de Justiça do MPMT Domingos Savio Arruda, insinuou em vídeo que a votação da lista sêxtupla e a consequente indicação por parte do Governador a vaga de Desembargador do TJMT, bem como o comportamento pregresso do candidato Deosdete Cruz Júnior poderia suscitar o que convencionou-se chamar indicação chapa branca”, justifica no pedido.
Ele ainda cita o trecho e quem Domingos Sávio critica a possibilidade de um “inescrupuloso toma lá, dá cá, urdido nos palácios ou em jantares secretos. O sujeito, encantado com os brilhos do poder e sonhando com as vantagens que ele pode lhe proporcionar, se ajoelha diante do mandatário e torna seu vassalo, um fiel escudeiro”.
Além do pedido para anular a lista elaborada pelo MP, Emanuelzinho também quer que a liminar anule qualquer ato futuro de nomeação ‘por parte do governador do estado de mato grosso de qualquer dos membros do MPMT que compõe a lista sêxtupla (ato coator) em especial o promotor de justiça Deosdete Cruz Júnior”.