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Deputados do PL defendem Salles na presidência da Comissão de Meio Ambiente; ele diz não querer o posto

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O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) negou nesta terça-feira (7) que vai pleitear a presidência da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.

Ex-ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro, Salles foi exonerado em junho de 2021 após ser alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga a facilitação à exportação ilegal de madeira do Brasil para os Estados Unidos e Europa.

O nome dele tem sido defendido para ocupar o comando da comissão por colegas de partido.

“Eu não quero. Acabei de entrar na Câmara, não conheço o trâmite. Presidir comissão, na minha opinião, é uma função muito importante para quem já tem alguma experiência parlamentar. Pelo menos no primeiro ano, quem acabou de entrar, devia se abster de presidir comissão. Não quero a de Meio Ambiente e nenhuma outra”, afirmou Salles a jornalistas nesta terça.


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De acordo com o parlamentar, quarto mais votado no estado de São Paulo, o seu partido, o PL, não deverá ficar com o comando do colegiado.

Filho de Jair Bolsonaro e também deputado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), defendeu o nome do colega para a presidência da comissão.

“É claro, ele tem qualificação. Se depender do PL, ele vai ter meu apoio. Ele não quer, mas a gente quer”, pontuou. Eduardo disse que, dentro da bancada do partido, “muita gente gosta” dessa opção de Salles assumir o comando do colegiado pelo fato de o deputado ter sido ministro.

Alberto Fraga (PL-DF) declarou apoiar a ideia. Para ele, se Salles não quiser comandar a comissão, pode, pelo menos, ser membro do grupo, que tem por prerrogativa análise de propostas relacionadas ao direito ambiental, defesa ecológica e desenvolvimento sustentável. De acordo com Fraga, não houve ainda uma reunião oficial dos deputados do PL para discutir o tema.

Reações contrárias

A possível indicação gerou diversas críticas de entidades da área e parlamentares.

O Observatório do Clima publicou uma lista de motivos pelos quais Salles deveria ser barrado e não ocupar o posto.

“Condenação em primeira instância por fraude ambiental em São Paulo; perseguição a servidores do Ibama e ICMBio; paralisação do Fundo Amazônia -mais de R$ 3 bilhões em caixa; menor valor em multas ambientais em duas décadas; investigação da PF por tráfico de madeira e mais 8 crimes; 56 mil km² de desmatamento na Amazônia e no cerrado; e genocídio na Terra Yanomami [durante a gestão Bolsonaro]”, elencou o observatório.

Ivan Valente (PSOL-SP) classificou como “desacato” a eventual escolha do ex-ministro. Valente fez um discurso duro, em plenário, contrário a nomeação. Após esse momento, ele e Salles conversaram.

“Vou te dar um chá de camomila”, disse Salles a Ivan Valente após ter recebido as críticas. O parlamentar do PSOL, então, questionou ao deputado do PL se ele será presidente da Comissão de Meio Ambiente. Salles o respondeu: “Não sei de onde tiraram essa ideia”.

Fonte G1 Brasília

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