Interlocutores do ex-presidente Lula intensificaram nas últimas semanas contatos com generais da ativa para consultá-los a respeito de um eventual golpe institucional ? a depender do resultado eleitoral ? com apoio das Forças Armadas.
Esses assessores do ex-presidente ? que trabalharam nos governos Dilma e Lula e têm interlocução com a cúpula militar das Forças Armadas, relataram ao blog que recebem como resposta ? de generais da ativa ? que não apoiarão ?loucuras? de Jair Bolsonaro, e que os militares que patrocinam suas ameaças não teriam ?força? para levar adiante uma ruptura institucional.
No entanto, admitem a assessores de Lula que Bolsonaro é bem-sucedido na estratégia de misturar a imagem das Forças Armadas com a do governo, como se os militares ? de forma unânime ? apoiassem o governo contra ?tudo e contra todos, principalmente contra o PT?.
Mas a estratégia de Bolsonaro não é um voo solo ? tem, sim, o aval de militares que se deixam usar como patrocinadores das ameaças golpistas do presidente ? como as reiteradas dúvidas a respeito das urnas eletrônicas.
A mais recente foi o ofício do Ministério da Defesa, na quinta-feira (5), pedindo ao TSE que divulgasse perguntas elaboradas pelo Exército a respeito da segurança das urnas.
O TSE já divulgou cerca de 700 páginas com respostas sobre as perguntas pautadas por Bolsonaro ? mas o governo insiste em manter viva a narrativa sobre as urnas para agradar à sua militância e, ontem, enviou esse novo ofício ao TSE.
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Fonte G1 Brasília