Em entrevista à imprensa na tarde de quarta-feira (4), o governador Mauro Mendes (UB) se posicionou favorável às medidas tomadas pelos agentes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT) na destruição de equipamentos e maquinários apreendidos em áreas de desmatamento ilegal em Mato Grosso.
O tema veio à tona após deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) reclamarem da atitude da Sema e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) em uma ação na zona rural de União do Sul (645 Km de Cuiabá), onde foram destruídos ranchos e máquinas utilizadas para desmatamento ilegal.
Os parlamentares cogitam criar uma legislação estadual para barrar a medida. Entretanto, Mauro deixou claro que os proprietários dos equipamentos tinham noção de que estavam praticando atividade criminosa crime e tinham ciência dos riscos de ter o bem material destruído em caso de apreensão.
“Não tem ninguém fazendo desmatamento que não saiba que é atividade proibida. Então, não venha me dizer, quando um trator está sendo queimado ou uma multa sendo aplicada, que aquela pessoa não sabia ou que aquilo não poderia acontecer”, disparou o governador.
Na oportunidade, foi levantado o dado de que somente em 3% das autuações por desmatamento ilegal que os equipamentos, maquinários e imóveis são destruídos, devido à dificuldade da SEMA em remover os materiais apreendidos e também para que o item apreendido não seja reutilizado pelos infratores para reincidirem na prática ilegal.
Conforme o governador, quando não há a aplicação de medidas mais drásticas, como a que foi aplicada em União do Sul, quem foi apreendido acaba voltando a desmatar ilegalmente.
“Sou a favor que se cumpra a lei e a lei permite que aquilo seja feito, principalmente, quando se tem dificuldades operacionais em fazer essa remoção como forma de cessar os danos. Não foi uma vez que a equipe ia lá, aplicava o auto, lavrava o auto de embargo, aplicava a multa, virava as costas e no dia seguinte, o crime continuava”, concluiu.
Fonte: Isso É Notícia