REDES SOCIAIS

33°C

Em Haia, Israel chama acusações da África do Sul sobre genocídio em Gaza de ‘grosseiramente distorcidas’

Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on whatsapp
Share on email

Israel classificou, nesta sexta-feira (12), as acusações apresentadas pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça como “grosseiramente distorcidas.”

?Se houve atos de genocídio, eles foram perpetrados contra Israel?, acrescentando: ?O Hamas busca o genocídio contra Israel?, disse ao tribunal o consultor jurídico do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Tal Becker.

Na quinta, a Corte iniciou a análise de uma ação movida pelo país africano. A ação acusa Israel de violar a convenção internacional contra o genocídio. Segundo essa convenção, para qualificar o crime de genocídio é preciso cometer atos com a intenção de destruir total ou parcialmente um grupo nacional, étnico, racial ou religioso.

A África do Sul pediu que impusessem medidas de emergência ordenando a Israel que suspendesse imediatamente a ofensiva.

Israel ainda pediu aos juízes que desconsiderassem os pedidos sul-africanos alegando que isso “a deixaria indefesa.”

?O terrível sofrimento dos civis, tanto israelitas como palestinianos, é antes de mais nada o resultado da estratégia do Hamas?, disse Becker, acrescentando que Israel tem o direito de se defender. O Hamas nega as alegações israelenses de que os seus militantes se escondem entre civis.

?Israel está numa guerra de defesa contra o Hamas, não contra o povo palestino, para garantir que não terá sucesso?, disse Becker, acrescentando: ?O componente chave do genocídio, a intenção de destruir um povo no todo ou em parte, está totalmente ausente”

Caso o principal órgão judicial das Nações Unidas decida que Israel tem que parar a ação militar, o caso pode ser levado ao Conselho de Segurança da ONU. Lá, os Estados Unidos, que são aliados de Israel, têm poder de veto.

Na quarta-feira (10), o presidente Lula declarou apoio à ação da África do Sul na Corte Internacional. Nesta quinta (11), a Embaixada de Israel em Brasília afirmou que o Brasil deve levar em consideração que, segundo a definição da ONU para o termo genocídio, o principal é a intenção e que Israel não tem intenção de matar palestinos não envolvidos no conflito, apesar de o Hamas usar cidadãos como escudos humanos.

Fonte G1 Brasília

VÍDEOS EM DESTAQUE

ÚLTIMAS NOTÍCIAS