O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), vai colocar em votação nesta terça-feira (14) um convite para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareça à comissão para falar sobre política monetária.
O convite deve ser aprovado em um momento de novas pressões pela queda da taxa básica de juros da economia. O tema voltou à tona após dois bancos americanos, sediados na Califórnia, quebrarem nos últimos dias por conta de problemas com juros elevados.
Defensores da redução da taxa Selic, inclusive no mercado, argumentam que o próprio banco central dos Estados Unidos (Federal Reserve) deve sinalizar um freio na taxa de juros norte-americana. Por isso, avaliam, a taxa no Brasil também poderia começar a cair antes do previsto.
Responsável pela definição da Selic, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne na próxima semana.
A expectativa até o momento é de que o Copom mantenha a Selic em 13,75%, mas sinalize um corte na taxa no futuro próximo.
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Roberto Campos Neto tem dito que comparecer ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre a política monetária é um dever da autoridade monetária ? e que o Banco Central não gosta de aumentar os juros, mas tem como missão combater a inflação.
Campos Neto também vem lembrando que a alta dos preços ? possível efeito de uma redução nos juros, em razão do estímulo gerado no consumo ? atinge sempre a camada mais pobre da população.
Governo Lula segue no tema
O fato é que a taxa de juros está, definitivamente, na ordem do dia do governo Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sempre toca no assunto. Disse nesta segunda (13) que, enquanto o mundo não tem mais espaço para subir os juros, o Brasil tem gordura para cortar na taxa Selic.
Também nesta segunda, outro ministro deu um empurrão para a queda dos juros. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, conseguiu aprovar a redução da taxa de juros do crédito consignado para aposentados abaixo de 2%.
Com a redução dos juros do consignado para aposentados, Lupi tem a expectativa de que eles tenham condições de honrar suas dívidas e, inclusive, contratar novos empréstimos para ajudar a reaquecer a economia.
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Fonte G1 Brasília