O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ao ser questionado pelo , na última sexta-feira (26), minimizou as críticas do candidato ao Senado Neri Geller (PP) ao Ministério Público, em relação a decisão que culminou na cassação de seu mandato a deputado federal na última terça-feira (23).
De acordo com o chefe da Alencastro, o progressista fez uma “interpretação equivocada” dos fatos.
Na última semana, Neri afirmou que o MP “induziu” os juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ao erro e que a decisão de cassar seu mandato ocorreu de forma injusta. A ação ainda deixou o progressista inelegível por 8 anos.
“Eu acho que isso pode ter sido uma interpretação equivocada na situação dele, mas foi uma decisão judicial de um colegiado e por unanimidade, então a gente deve respeitar e tentar combater com o único instrumento cabível, que é o recurso, e é exatamente isso que o Neri está fazendo”, disse Emanuel.
Apesar de sair em defesa de Neri, o emededista garantiu que “decisão judicial não se discute”.
“Eu costumo sempre falar, como advogado e constitucionalista, decisão judicial não se discute, se cumpre”, declarou.
A cassação
Geller respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso Nacional.
A ação estava sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell e foi seguida por unanimidade.
No processo, o Ministério Público, argumentou que o Progressista havia realizado doações na campanha de 2018, que totalizaram mais de R$ 1,3 milhão em favor de 11 candidatos que concorreram ao cargo de deputado estadual. E durante sua própria campanha, seus gastos chegaram a R$ 2,4 milhões.
Ao somar as doações e o custo de sua campanha, ultrapassaram o limite, que à época, era de R$ 2,5 milhões para cada deputado federal.
Candidatura ao Senado
Nesta quinta-feira (25), a magistrada Clara da Mota Santos Pimenta Alves, da Justiça Eleitoral, rejeitou pedido de impugnação apresentado pelo Procuradoria Regional Eleitoral (PRE), que pedia a impugnação da candidatura de Neri ao Senado.
Diante da decisão favorável, o progressista segue sua campanha, incluindo a propaganda eleitoral.
Fonte: Isso É Notícia