A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta segunda-feira (13) que a Justiça Federal condene mais de 50 pessoas a ressarcirem em R$ 20,7 milhões os cofres públicos por participarem dos atos terroristas em Brasília no dia 8 de janeiro. Na lista, aparecem três pessoas de cidades do Triângulo Mineiro e do Noroeste de Minas.
Dois dos empresários citados já haviam sido apontados pela AGU como financiadores dos movimentos golpistas em janeiro. Na nova lista, que pede a condenação, estão:
- Anderson Luis de Oliveira, de Frutal;
- Franciely Sulamita de Faria, de Nova Ponte;
- Jasson Ferreira Lima, de Paracatu.
O g1 e a TV Integração procuraram os três envolvidos para saber o posicionamento deles sobre os fatos. Veja o retorno de cada um abaixo.
Anderson Luis de Oliveira
Segundo apurado pelo g1, Anderson Luis de Oliveira atua em uma sorveteria na cidade de Frutal. À reportagem, a defesa dele disse que o empresário já se apresentou às autoridades policiais e só vai se manifestar perante a Justiça.
Franciely Sulamita de Faria
Franciely é sócia-proprietária da empresa Novatur, em Nova Ponte. O g1 tentou contato com a empresária por telefone e pelas redes sociais e espera retorno.
Jasson Ferreira Lima
Jasson é responsável pela empresa JFR Tur, em Paracatu. Por telefone, um representante de Jasson pediu que a reportagem entrasse em contato com a advogada de defesa dele. O g1 aguarda retorno.
Mais de 50 pessoas e entidades constam na lista
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu nesta segunda-feira (13) que a Justiça Federal, em Brasília, condene 54 pessoas, uma associação, um sindicato e três empresas a ressarcirem em R$ 20,7 milhões os cofres públicos pelo atos de vandalismo que depredaram as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Segundo a AGU, a ação envolve pessoas que participaram e empresas que financiaram os atos criminosos.
O valor do prejuízo foi calculado a partir de dados apresentados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Palácio do Planalto, Câmara dos Deputados e Senado Federal, alvos dos bolsonaristas radicais.
Esse é o primeiro pedido de condenação definitiva após investigação dos atos golpistas. Ao todo, a AGU já acionou 178 pessoas na Justiça.
Na ação, a AGU afirma que houve uma articulação prévia para convocação de atos não pacíficos e de tomada de poder.
Segundo a AGU, ?num regime democrático, como no sistema brasileiro, contraria os costumes da democracia e a boa-fé a convocação e financiamento de um movimento ou manifestação com intento de tomada do poder, situação essa que evidencia a ilicitude do evento ocorrido?.
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Fonte G1 Brasília