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Equipe econômica vê aceno de paz do Banco Central para Haddad com trecho de ata do Copom

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A ata da última reunião do Comitê de Polícia Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (7) pelo Banco Central (BC), foi bem recebida por integrantes do governo Lula, da equipe econômica e vista como uma sinalização ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que a instituição poderia ser ?um pouco mais generosa? com o governo, em suas avaliações.

O reconhecimento do Comitê de Polícia Monetária (Copom), em ata divulgada nesta terça-feira (7) pelo Banco Central (BC), de que o pacote fiscal do governo atenuaria estímulos fiscais sobre demanda foi bem recebida por integrantes da equipe econômica, que aguardava um aceno ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que afirmou que a instituição poderia ser ?um pouco mais generosa? com o governo, em suas avaliações. Na prática, o trecho da ata foi visto como um aceno de paz do Banco Central para a Fazenda, que busca uma trégua nas críticas de Lula a Roberto Campos Neto.

Segundo o blog apurou, havia uma preocupação entre integrantes da equipe econômica de que a crise entre Lula e Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, se agravasse caso não houvesse algum tipo de sinalização do órgão. No entanto, o trecho da ata que diz que o BC “reconhece que a execução de tal pacote atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação” foi comemorado pela Fazenda. Nos bastidores, a crise entre Lula e Campos Neto ganhou contornos políticos e até eleitorais.

Como o blog já publicou em 2022, Campos Neto é visto como um potencial candidato à presidência da República pelo campo bolsonarista, o que ele sempre negou. Para o governo Lula, se o presidente eleger Campos Neto como seu rival e passar “22 meses batendo boca com ele”, pode acabar cacifando-o como um personagem para a eleição presidencial ? sem contar o efeito prático das declarações de Lula na economia, que podem gerar insegurança.

Chegou-se, inclusive, a discutir uma articulação política no Senado para revogar a autonomia do BC, ou até exonerar Campos Neto. Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segundo o blog apurou, tem dito a aliados que o Senado não é simpático a nenhuma das ideias, que gerariam um trauma muito grande, em sua opinião ? e trabalha para buscar uma retomada de normalidade na área econômica, junto a Campos Neto e a Fernando Haddad. A equipe da Fazenda tem trabalhado nos bastidores para jogar água na crise ? mas, para convencer Lula, precisava de uma sinalização de Campos Neto. E, por ora, a sinalização veio na ata desta terça.

Fonte G1 Brasília

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