O senador Carlos Fávaro (PSD) participou de reunião da Federação Brasil da Esperança (PT-PV-PCdoB) ampliada com PP-MDB-PSD na manhã desta quinta-feira (21) e confirmou ter recebido convite oficial do grupo de esquerda para liderar a disputa ao Governo.
Também foi discutida no grupo a pauta para reunião que acontece amanhã em São Paulo com Aloízio Mercadante, coordenador do programa econômico da aliança Lula-Alckmin.
“Fiquei muito honrado em receber o convite. Mas é uma decisão que precisa ser avaliada em várias instâncias. Tenho que falar com a minha família, viabilizar a questão financeira, falar com o grupo político e com o PSD. Tudo isso é o que vai nortear a tomada de decisão”, disse.
Fávaro disse que a reunião foi positiva, de “diálogo franco e aberto” para tratar das eleições. “Estamos debatendo os projetos para a eleição. Evoluímos bastante na construção de chapa de Senado com Neri, Márcia e Federação”, aliança que está bastante encaminhada, segundo Fávaro.No entanto, Fávaro esclarece que o seu foco nesse momento é o Senado. “Consegui emplacar duas PECs em dois anos, além de projetos importantes. É nisso que quero continuar focado. Esse é o meu desejo pessoal, continuar sendo senador por Mato Grosso”, pontuou.
Já o projeto de Governo, para Fávaro, “a Deus pertence”. “Ninguém que é político, nem Neri, nem Emanuel, nem Mauro Mendes, ninguém pode dizer que não seria uma honra ser governador do Estado”, pontua.
Segundo Fávaro, o Governo do Estado também entrou na pauta da reunião hoje. “Ajudamos o Governo Mauro desde a campanha em 2018 e em todo o Governo quer seja como colaboradores, como senador. A mesma coisa aconteceu com o Neri e o Partido Progressista. Todos nós ajudamos esse Governo, não negamos que fazemos parte dele”, considerou.
Deixar o Governo, para o senador, só vai acontecer se não couber o partido no projeto de Mauro.
Fávaro disse que é grato e não nega a ajuda que recebeu de Mauro para chegar ao Senado, mas diz que também ajudou o Governo. “Fui no palanque dele. O PSD foi no mesmo palanque da minha principal adversária”, disse se referindo à eleição passada. Além disso, o senador cita verbas de emendas e muitos repasses que conseguiu para Mato Grosso com a divisão dos recursos do Auxílio Emergencial aos Estados e municípios, cuja emenda foi dele.
Fávaro pontua ainda que se aproximou da Federação para apoiar o presidente Lula e não para ser governador. “Já tenho o convite, sou eu que não estou querendo”, cita.
Fonte: Isso É Notícia