O senador Carlos Fávaro (PSD) vem sendo duramente criticado por parte de alguns aliados e, nos bastidores, já está levando – novamente – a pecha de “traidor”. Em uma ainda curta trajetória política, vê seu nome no centro de gestos de deslealdade.
Em 2014, elegeu-se vice-governador no Estado na chapa encabeçada por Pedro Taques, então no PDT. Taques, no entanto, realizou um mandato pífio e acumulando desgastes, sobretudo, junto ao funcionalismo público do Estado.
Às vésperas de sair candidato à reeleição, o governador perdeu seu vice que decidiu seguir junto a outro grupo político disputando uma vaga ao Senado. Saiu derrotado daquele pleito, mas após a cassação de Selma Arruda, conseguiu se tornar “senador tampão”.
Já em meio a um novo grupo político, Fávaro contou com o “reforço” de Mauro Mendes (União Brasil), que defendeu a realização de uma nova eleição ao Senado. Naquela disputa, Mendes chegou a negar apoio ao colega de sigla, Julio Campos e abraçou a nova disputa de Fávaro.
Para acomodar aliados, Fávaro também jogou para escanteio o primeiro suplente Geraldo Macedo, abrindo espaço para a empresária Margareth Buzetti.
Vale lembrar, ainda, que em 2020, Fávaro também recebeu o apoio do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). Na disputa em que Emanuel saiu à reeleição, no entanto, acreditando que o emedebista sairia derrotado, Fávaro se negou a apoiá-lo no segundo turno.
Agora, o senador além de desembarcar do Governo, não descarta, inclusive, a possibilidade de concorrer ao Palácio Paiaguás.