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Ferrari, carro de luxo, relógios e dinheiro vivo são apreendidos pela PF em operação contra fraudes no INSS

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A Polícia Federal (PF) apreendeu nesta sexta-feira (12), no Lago Sul, em Brasília, uma Ferrari, um carro semelhante aos de Fórmula 1, relógios de luxo e dinheiro em espécie durante operação contra fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Distrito Federal. As ordens judiciais foram expedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça.

Segundo a investigação, o “Careca do INSS” é apontado como o lobista que atuava como ?facilitador? do esquema de desvios de aposentadorias e pensões.

?? A Polícia Federal afirma que associações e entidades que oferecem serviços a aposentados cadastravam pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS.

Antunes foi levado para a Superintendência da PF do Distrito Federal. Neste momento, os agentes também fazem buscas na casa dele. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.

Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.

Os agentes também estão na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, na cidade de São Paulo. No endereço dele, foram encontradas dezenas de obras de artes.

A defesa do advogado Nelson Wilians afirmou que ele tem colaborado integralmente com as autoridades, que sua relação com um dos investigados é estritamente profissional e legal e que os valores transferidos dizem respeito à compra de um terreno vizinho à sua residência.

A defesa destacou ainda que a medida é de caráter investigativo e não implica culpa ou responsabilidade.

Já a defesa do empresário Maurício Camisotti afirmou que não há motivo para sua prisão e classificou a ação policial como arbitrária.

A defesa disse ainda que tomará as medidas legais para reverter a prisão e garantir os direitos do cliente.

As demais defesas ainda não se pronunciaram.

Como funcionava o esquema

Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:

  • ? ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;
  • ?? usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;
  • ? criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

As associações cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”.

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade ? com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

De acordo com a PF, dirigentes e servidores do INSS recebiam vantagens indevidas para facilitar a inserção dos descontos nos contracheques dos aposentados, enquanto associações de fachada viabilizavam o desvio.

A investigação começou em 2023 na CGU, no âmbito administrativo. Em 2024, após a CGU encontrar indícios de crimes, a Polícia Federal foi acionada.

– Esta reportagem está em atualização

Fonte G1 Brasília

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