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Figueiredo não teme CPI da Saúde: ?É bom que investigue, não tem nenhum envolvimento com corrupção?

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O secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo (UB), enxergou com naturalidade a criação de uma futura Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dentro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, para investigar um possível cartel de empresários que fraudavam para vencerem licitações na pasta.

De acordo com Gilberto, os parlamentares da Casa de Leis possuem total autonomia para realizar a investigação, mas lembrou que já existem órgãos de controle em cima da investigação.

“Toda CPI tem um pouco de viés político, né? Porque a partir do momento que os órgãos de controle já estão fazendo uma investigação é desnecessário e vai comprometer o andamento dos trabalhos. Mas é natural, a Assembleia tem esse direito, assisto isso e não me envolvo com essa decisão, é autonomia dos deputados. Se for preciso, prestaremos todas as informações como temos feito até agora com os órgãos de controle”, contou Gilberto.

O secretário ainda afirmou que a entrada da Polícia Federal nas investigações relativas à Operação Espelho é esperada. Contudo, o gestor pondera que, até o momento, o trabalho da Polícia Civil, responsável pela operação, não havia apontado para o desvio de recursos públicos federais, o que justificaria a atuação da PF.

“Toda vez que possa existir uma suspeita de uso irregular de recurso federal é natural que a PF possa fazer uma investigação. Então, durante a pandemia, se houve recurso federal sendo empregado em Mato Grosso – e essa Operação Espelho até o prezado momento diz que empresários estariam em conluio atuando para lesar o patrimônio público – então eu vejo de forma natural. Nós não temos essa evidência ainda, mas vejo de forma natural. É até bom que investigue para saber que por força da Secretaria de Estado de Saúde não tem nenhuma mácula e nenhum envolvimento com atos de corrupção”, acrescentou.

A OPERAÇÃO

A primeira fase da Operação Espelho foi deflagrada em 2021, investigando fraudes e desvios de valores no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Metropolitano, em Várzea Grande.

A investigação começou após a Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) receber uma denúncia de que a empresa contratada para fornecer médicos plantonistas disponibilizaria número de médicos inferior ao contratado.

Posteriormente, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o estado.

Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso. As empresas teriam, inclusive, enviado pacientes para UTIs sem necessidade à época.

Fonte: Isso É Notícia

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