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França e EUA trabalham em plano de cessar-fogo de 21 dias para negociações entre Israel e Hezbollah

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O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou nesta quarta-feira (25) que está trabalhando junto com os Estados Unidos para um plano cessar-fogo de 21 dias entre Israel e Hezbollah. Negociações entre as duas partes aconteceriam durante a trégua.

Barrot discursou durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para tratar da escalada no conflito no Oriente Médio. Nos últimos dias, Israel e Hezbollah têm trocado ataques, resultando em bombardeios e mortes de civis no Líbano. Entenda o contexto mais abaixo.

O chanceler francês afirmou que a situação no Líbano pode atingir um ponto de “não retorno”, com o país sendo incapaz de se reconstruir após uma possível guerra entre Israel e Hezbollah.

Barrot disse que os detalhes sobre o plano de cessar-fogo temporário serão divulgados em breve.

“Estamos contando com que ambas as partes aceitem o plano sem demora, a fim de proteger as populações civis e permitir que as negociações diplomáticas comecem”, afirmou.

Mais cedo, a agência Associated Press revelou que autoridades dos Estados Unidos passaram os últimos três dias buscando o apoio de outros países para o plano.

Fontes afirmaram sobre condição de anonimato que o acordo pode trazer estabilidade de longo prazo ao longo da fronteira entre Israel e Líbano.

Os detalhes específicos da proposta ainda não estão totalmente fechados completos. De acordo com a Associated Press, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deu sinal verde para que os EUA busquem um acordo.

Por outro lado, o governo de Israel deixou claro que só irá negociar um acordo que envolva o retorno de civis israelenses que vivem no norte do país para casa.

Na contramão do cessar-fogo, o chefe de gabinete das Forças Armadas de Israel, Herzi Halevi, afirmou que os militares estão se preparando para uma “possível” entrada por terra no Líbano. Tal manobra poderia piorar as tensões na região.

Israel x Hezbollah

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Israel afirmou que está conduzindo uma operação militar na fronteira com o Líbano para que moradores da região possam voltar para casa. Esses israelenses deixaram a área por causa de ataques do grupo extremista Hezbollah, que atua no Líbano.

Hezbollah e Israel possuem um histórico de desavenças, que já resultou em uma guerra em 2006. O conflito na região voltou a se intensificar em outubro de 2023. À época, o grupo terrorista Hamas invadiu Israel, o que resultou na morte e sequestro de civis.

Em resposta, Israel declarou guerra contra o Hamas e bombardeou a Faixa de Gaza. Desde então, o Hezbollah vem lançando foguetes contra Israel para demonstrar apoio ao grupo terrorista e aos moradores de Gaza.

Na semana passada, pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah explodiram em uma ação coordenada. Em seguida, Israel anunciou que estava movendo tropas para a região de fronteira com o Líbano.

Israel também lançou uma série de bombardeios contra o Líbano, justificando que estava atacando estruturas do Hezbollah.

Diante disso, a ONU levantou preocupações sobre uma guerra total no Oriente Médio.

“O Líbano está à beira do precipício. O povo do Líbano, o povo de Israel e o povo do mundo não podem permitir que o Líbano se torne outra Gaza”, disse o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

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Fonte G1 Brasília

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