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Governo diz que três embaixadas articularam retirada de políticos brasileiros de Israel; oposição fala em ‘ausência’ do Itamaraty

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Integrantes do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do Grupo Parlamentar Brasil-Israel divulgaram nesta sexta-feira (16) versões diferentes acerca da participação de diplomatas brasileiros nas negociações para que políticos brasileiras pudessem deixar Israel.

Além das guerras com o Hamas (que controla a Faixa de Gaza) e com o Hezbollah (no Líbano), Israel também vive um conflito com o Irã desde que o governo de Benjamin Netanyahu atacou instalações do país.

O mais recente ataque foi criticado pelo governo brasileiro, que afirma que a ação fere a soberania iraniana e pode “mergulhar” toda a região em um conflito ampliado.

Ao todo, 12 políticos brasileiros deixaram Tel Aviv nesta segunda-feira em direção à Jordânia. Uma parte ainda seguirá para a Arábia Saudita, de onde partirá para o Brasil em um avião particular fretado por um dos integrantes da comitiva de políticos.

Versão do governo

À GloboNews, integrantes do Ministério das Relações Exteriores relataram que as embaixadas brasileiras em Israel, na Jordânia e na Arábia Saudita se envolveram nas negociações para garantir que o grupo formado por políticos brasileiros conseguisse deixar Israel e retornar ao Brasil.

Disseram ainda que os diplomatas acompanham o deslocamento desses gestores no trajeto Tel Aviv-Jordânia como também no trajeto Jordânia-Arábia Saudita para que a saída aconteça em segurança.

No sábado (14), o Itamaraty divulgou uma nota afirmando estar em contato com o Ministério das Relações Exteriores de Israel, acrescentando que o ministro Mauro Vieira também tem falado com o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.

Nesta segunda-feira, a embaixada de Israel em Brasília divulgou uma nota afirmando estar em contato com a embaixada brasileira em Tel Aviv para garantir que outros brasileiros que quiserem deixar a região possam sair em segurança.

Oposição critica Itamaraty

Por outro lado, a entrevista à GloboNews, o senador de oposição Carlos Viana (Podemos-MG), criticou o que chamou de “absoluta ausência” do Itamaraty nas negociações, acrescentando que a saída das autoridades brasileiros só foi possível porque o Grupo Parlamentar Brasil-Israel, presidido pelo próprio Viana, mediou as negociações.

“O Brasil não tem o primeiro escalão em Tel Aviv, não tem um embaixador do Brasil, não tem um grupo que possa falar oficialmente. […] Isso tudo dificulta muito o trabalho de resgate dessas pessoas. O Itamaraty não tem nem noção do número de brasileiros turistas que estão lá e quantos aviões da FAB nós precisaríamos, por exemplo, para trazer essas pessoas”, criticou o parlamentar.

“As negociações estão sendo feitas pelo grupo parlamentar Brasil-Israel pela comissão de relações exteriores e nós conseguimos tirar essas duas primeiras autoridades pelo prestígio do embaixador Daniel Zonshine”, acrescentou.

Ausência de embaixador em Tel Aviv

O Brasil está sem embaixador em Israel desde que os dois países entraram em um atrito diplomático causado por declarações polêmicas do presidente Lula, que comparou o que acontece em Gaza ao que o regime nazista de Adolf Hitler fez com os judeus.

O governo Lula também tem dito que há um “genocídio” e uma “carnificina” na região em razão as ações militares israelenses.

O episódio levou Lula a ser declarado “persona non grata” por Israel, e o então embaixador, Frederico Meyer, foi levado por autoridades israelenses ao Museu do Holocausto, o que foi visto pelo governo brasileiro como uma forma de intimidação, provocação e constrangimento.

Meyer, então, voltou ao Brasil, e o governo Lula não enviou novo embaixador ? a embaixada tem sido comandada por um encarregado de negócios, posto inferior ao de embaixador na hierarquia diplomática.

Questionado sobre o tema nesta segunda, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, disse que se o Brasil tivesse embaixador em Tel Aviv seria “mais fácil” para os dois governos coordenarem a saída das autoridades.

Zonshine acrescentou que a relação entre Brasil e Israel se mantém “oficial de dois países”, a exemplo do que Mauro Vieira tem dito sobre o assunto, afirmando que o Brasil não pretende romper as relações com Israel, ainda que critique as ações do governo Netanyahu.

Fonte G1 Brasília

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