O ministro da Economia Paulo Guedes disse que existem cerca de 30 propostas em análise que discutem geração de emprego e encargos trabalhistas, formuladas pela equipe de Adolfo Sachsida (então assessor especial da Economia), mas que ele ?detonou? a proposta que previa a diminuição de 8% para 2% no recolhimento de FGTS dos trabalhadores.
Ao blog, Guedes disse ter ?detonado e recusado? a proposta e que, em sua avaliação, o vazamento da medida seria para desgastá-lo em ano de eleição.
A proposta foi revelada pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’, no final de semana.
Segundo a reportagem, o Ministério da Economia propõe cortar a alíquota de contribuição que as empresas recolhem sobre o salário dos trabalhadores, de 8% para 2%, e reduzir a multa paga em caso de demissão sem justa causa, de 40% para 20%.
Guedes afirma que esse era um dos 30 cenários contingentes – e foi recusado ?há meses?.
Guedes x Centrão
Nos bastidores, Guedes é alvo de integrantes do Centrão, que defendem medidas pró-gastos no ano eleitoral. Um dos principais embates em curso é o preço dos combustíveis.
Guedes é contra subsídio geral para os combustíveis e convenceu o presidente Bolsonaro a trocar Bento Albuquerque do comando de Minas e Energia.
Agora, o próximo passo é trocar a presidências e diretorias da Petrobras. O presidente Bolsonaro já deu carta branca ao novo ministro Adolfo Sachsida, além de avalizar a proposta de privatizar a Petrobras.
No entanto, a privatização é bandeira de campanha da reeleição- ou seja, só acontecerá se Bolsonaro for reeleito.
Num cenário de reeleição, integrantes do centrão defendem, de forma reservada, que Guedes seja trocado – o nome favorito de aliados políticos do presidente Bolsonaro é o do presidente do Banco Central, Campos Neto – que, aliás, foi indicado por Guedes.
Fonte G1 Brasília