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Haddad comenta posição de Tarcísio e fala em servidão a Bolsonaro: ‘Candidato a vassalo’

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), comentou nesta quinta-feira (10) o posicionamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e afirmou que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) é candidato “a vassalo”.

Em uma rede social, Tarcísio atribuiu a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a atitudes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O governador disse em suas redes sociais que “a responsabilidade é de quem governa” e que “Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado”.

Questionado sobre a fala, Haddad afirmou que a tarifa norte-americana não deve se manter, porque não tem realidade econômica, e que a publicação de Tarcísio representa um comportamento de servidão ao ex-presidente Bolsonaro.

“O governador [Tarcísio] errou muito. Porque ou bem uma pessoa é candidata à presidente, ou é candidata a vassalo. E não há espaço no Brasil para vassalagem, desde 1822 isso acabou. O que está se pretendendo aqui? Ajoelhar diante de uma agressão unilateral sem nenhum fundamento econômico”, afirmou Haddad, em entrevista.

?O termo “vassalo”, originalmente, se refere a um indivíduo que presta serviços e fidelidade a um senhor feudal, no sistema adotado na Idade Média. Também pode ser usado para descrever um ‘súdito ou subordinado’.

Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cotado para disputar a Presidência contra o atual presidente em 2026, Tarcísio afirmou que a decisão de Trump é resultado de alinhamento do Brasil a países autoritários e defesa da censura, acrescentando que o governo petista não pode jogar a culpa no seu antecessor.

Racionalidade econômica

Sobre a tarifa imposta por Trump, Haddad afirmou que a medida não deverá se sustentar por muito tempo, porque se trata de uma reação política e não há racionalidade econômica.

“Eu acredito que essa decisão é uma decisão eminentemente política, porque ela não parte de nenhuma racionalidade econômica. Não há racionalidade econômica no que foi feito ontem [quarta], uma vez que os Estados Unidos, como todos sabem, ele é super arbitrário com relação à América do Sul como um todo, e ao Brasil também”, afirmou Haddad.

“O Brasil como um todo, nos últimos 15 anos, nós tivemos um déficit de bens e serviços de mais de R$ 400 bilhões de dólares dos EUA, então não há racionalidade econômica na medida que foi tomada”, prosseguiu.

Haddad também culpou a família do ex-presidente Jair Bolsonaro por ter contribuído para a decisão de Trump.

“O próprio Eduardo Bolsonaro disse a público que se não vier o perdão, as coisas tendem a piorar. Isso ele disse publicamente, fazendo todos nós acreditarmos, porque não há outra explicação, de que esse golpe contra o Brasil, contra a soberania nacional, foi medido de forças dentro do país”.

Ofensiva tarifária

O anúncio de Trump foi recebido com espanto por especialistas no Brasil e no mundo, que destacaram a motivação política da decisão. “Ele [Trump] mencionou a iminente condenação do Bolsonaro”, disse, em entrevista à GloboNews, o ex-presidente do Banco Central Alexandre Schwartsman.

“Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”, escreveu o economista Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel.

Entidades da indústria e da agropecuária brasileira também manifestaram preocupação com o anúncio e afirmaram que as taxas ameaçam empregos no setor.

Fonte G1 Brasília

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