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Incentivo ao futebol feminino e busca pelo sonho: técnica do Mixto fala sobre importância do acesso

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O Mixto pode alcançar um feito histórico no próximo domingo. Depois de vencer no jogo de ida, as Tigresas recebem o Uberlândia em busca do acesso à Série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, algo inédito no futebol mato-grossense. Na semana da partida decisiva, a técnica Kethleen Azevedo e a meia Ágata concederam uma entrevista exclusiva ao portal Primeira Página, e destacaram a importância de conquistar o objetivo para fomentar a categoria no estado.

Com cinco vitórias, 13 gols marcados e somente um sofrido, a equipe alvinegra tem a melhor campanha da competição. Responsável direta na montagem do elenco, a treinadora remete o sucesso ao planejamento do clube. Das 25 jogadoras do plantel, 20 foram indicadas por Kethleen.

– Precisamos valorizar a diretoria do Mixto, que acreditou no projeto, abriu portas e nos deu toda liberdade de trazer atletas de nível nacional. Isso é importante. Em nenhum momento a gente focou em atletas do estado, a gente teve a oportunidade de trazer as melhores. Eu já tenho bastante tempo no mercado, já tinha trabalhado em outros clubes, já tinha trabalhado com outras atletas que eu consegui trazer e outras que a gente vai monitorando ao longo do percurso.

A meia Ágata foi uma das indicações da comandante. Ambas mineiras, as duas trabalharam juntas no América-MG. Com quase dez anos de carreira, a jogadora elogia a estrutura disponibilizada pela diretoria alvinegra, que trata com igualdade as categorias profissionais.

– É realmente engrandecer a estrutura que o Mixto entrega para o futebol feminino. A gente tem a mesma estrutura que o futebol masculino tem. A gente treina no Dutra, eles também, treinamos no mesmo CT, temo o mesmo hotel. Eles nos entregam o que realmente podem nos entregar, o Mixto dá ao futebol feminino o mesmo que para o masculino. E isso dificilmente a gente vê no futebol feminino geral.

No domingo, o Mixto joga pelo empate para conquistar o principal objetivo da temporada. Na ida, as Tigresas venceram o Uberlândia por 1 a 0. Apesar de jogar em casa, Kethleen Azevedo avalia que não há vantagem na partida decisiva.

– Temos mais noventa minutos para consagrar um sonho. Um a zero não é vantagem, então precisamos ter pés no chão. É um adversário muito difícil, precisamos que a torcida tenha paciência, que nos incentive, vai ser um jogo aberto, de oportunidade para os dois lados. Precisamos ter tranquilidade em um jogo de guerra, raça e determinação. Espero que a gente tenha um bom dia, porque essas partidas são decididas no detalhe.

O confronto de volta das quartas de final do Brasileiro Feminino A3 tem entrada gratuita. A comandante ressaltou a força que a torcida mixtense tem para ajudar na busca pelo acesso.

– A gente planejou vivenciar esse momento, de trazer um jogo tão importante. Buscamos a melhor campanha para decidir em casa. Então, torcedor, compareça. Eu sei como é enfrentar o Mixto, e o futebol feminino não está acostumado com essa pressão. As meninas do Uberlândia que vão vir não estão acostumadas a enfrentar uma torcida que vibra, canta, cobra e nos empurra.

Mixto e Uberlândia decidem a vaga na Série A2 neste domingo, às 10h (de MT), no Dutrinha. Veja abaixo outros pontos abordados na entrevista exclusiva.

Modelo de jogo da comandante

– Eu cobro muita intensidade e entrega, mas também exijo um futebol bonito. As meninas sabem que eu gosto que elas saiam jogando, a bola tem que passar por cada setor, não sou a favor do chutão, da ligação direta. Acho que a bola tem que passar nos pés da zagueira, volante e meias até chegar ao ataque.

Incentivo ao futebol feminino em Mato Grosso

– Eu vim no ano passado para o futebol mato-grossense com a intenção de fomentar o futebol feminino. O Mixto tem uma hegemonia no futebol feminino do estado, mas ano passado, com a estrutura que o Operário VG ofereceu, acabou que criou-se uma rivalidade. E é isso que o futebol precisa para crescer, não podemos ter só uma equipe sempre chegando, ganhando de placares elásticos. Isso não vai fomentar o futebol feminino, a gente precisa de competições de nível igual, da imprensa cobrindo – disse Kethleen.

Fonte GE Esportes

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